BER Cartel, ADL - Dez a Dez letra (lyrics)
[BER Cartel, ADL - Dez a Dez letra lyrics]
O mundo ao meus pés dedico aos fiéis
À todos que queriam ver
Só 10 a 10, assina os papéis
Eu sou o que queria ser tiveram revés
Dias cruéis mas eu não fui de correr
Esperava pra ver acontecer
Esses cara não podem com o Ber
Conheci infiéis, vivi em bordéis
Tudo que suga você
Muitos papéis, vários motéis
Filmes pornôs na TV
Eu pintei painéis, bebi tonéis
Eu sempre gostei de viver
As vezes pagava pra ver
Questão de plantar e colher
Gastava com a cara dos alemão
Esporte de rua brigar na mão
Guardava em casa o meu oitão
Gostava de ter disposição
Viesse mandado na direção voltava
Fudido de contramão
De contramão na direção, não peida não
Só rajadão zS minha área sou jogador
Abençoa o mergulho no Arpoador
Dinheiro no bolso, consumidor
Fumando só creme, carburador
Não venha com papo de amador
Minha firma precisa de investidor
Não quero saber da sua dor
Não pago minhas conta no amor
Caminho errado facilitou
Eu sou pára raio de cialipo
Aquele otário caguetou
Dinheiro era sujo e o pai limpou
O rap é o crime ele me salvou
Os cara do time já ramelou
O pai não correu o DJ ficou
A banda que a cena considerou
Cartel imortal, fala pra eles que
Eu sou o sete, filho do sete
Eu nunca corro, eu nunca morro
Chora moleque eu sou o Rap peça socorro vai
Tomei pra mim esse jogo pai
Desça correndo o morro cai
É, é, pai nunca canta migué
É, menor cê precisa de fé
Fé, serve bebida pro Zé
É, serve bebida pro Zé
É, é, pai nunca canta migué
É, menor cê precisa de fé
Fé, serve bebida pro Zé
É, serve bebida pro Zé
Mas também não esqueça de encher nossos copos
Desse brinde aí somos merecedores
Gosto de sorrisos mas não vendo flores
Nos solos condenados que do nada eu broto
Escrevendo um livro, pixador de muros
Procurei por luz em lugares escuros
Querem que limpemos a sujeira que fizeram
Mas meus manos puros fazem rap sujo
Quantas vezes eu já procurei a morte
Mas entenda, a vida precisa de mim
Sabem que minha queda não é só meu fim
Talvez se eu esquecê-los eles terão sorte
Reclamam que eu falo da polícia, porra
Relaxa hoje tem cana que é meu fã
Então atire a primeira pedra
Quem não tem pecado
Eu sou o pedaço mordido da maçã
Eu sou o merda lá do alto que fazia a roda
Eu levei a caixa nas costas
Eu levei a conta nas costas de
Quem fazia merda na roda
Por isso a vida é uma ciranda
Por isso a vida é uma roda gigante
Mas não confunda com parque de diversão
É um jogo só pra quem sabe jogar
Por isso a vida de vocês não anda
Abraçando oportunidades, dispensando covardes
Sei pra que lado que Valhala fica
Sangrando com dor até a última linha
Sem me curvar diante de vocês
Humildade para com humildes pois vocês sabem
Depois do milhão merecem um à cada cem
Gratidão Ber, os que acredita desde o início
Antes do milhão lembro de cada um que fez
(é a tropa é o bicho)
É, é, menor cê precisa de fé
Parte três, tô no pique dez a dez
Sete sete então eu fecho onze a onze
Nós dá nove só pra quem não perde gol
Só ganha faixa quem não abandona o bonde
Sexta-feira a gente partia pro baile
A tropa toda ia fardada de Cyclone
Menor feliz curtindo Funk no Manguinho
Aquele baile até parece que foi ontem
O tempo passa e é num piscar de olhos
Os moleque tão crescendo cheio de ódio
Eu não sei mais o que eu tô fazendo aqui
Escrevendo com uma bomba relógio
Eu não posso abalar meu psicológico
No caderno afogo todas as minhas mágoas
Tão me deixando igual bicho no zoológico
Mas eu tenho um passarinho pra dar água
Na escola eu assinava advertências
Na adolescência boletim de ocorrências
Meu tio disse que eu ia assinar CDs
Se eu usasse a raiva com inteligência
Tava bolado vivendo a vida do crime
Ber me ligou e disse que tinha um convite
Eu falei "tô escrevendo uma pedrada"
E foi daí que saiu o Favela Vive
É, é, pai nunca canta migué
É, menor cê precisa de fé
Fé, serve bebida pro Zé
É, serve bebida pro Zé
É, é, pai nunca canta migué
É, menor cê precisa de fé
Fé, serve bebida pro Zé
É, serve bebida pro Zé
É, é, menor cê precisa de fé
É, menor cê precisa de fé