Claudio Botelho - Prólogo letra (lyrics)

[Claudio Botelho - Prólogo letra lyrics]

Aaah, aah, a-a ahh aaah, aah, a-a ahh
Aaah, aah, a-a ahh aaah, aah, a-a ahh

Olhai, olhai pro chão, olhai pro chão
Olhai, olhai a eterna escuridão

No céu o Sol não há de arrefecer

Olhai, olhai não há o que escolher

Não fiz, não fui ó, Deus, vem me acudir

Olhai, olhai que Deus não vai ouvir

No fim, eu sei me espera um certo alguém

Olhai, olhai pois já não há ninguém

Hei de voltar e me vingar sem perdão

Olhai, olhai pro chão, olhai pro chão

Ó, Deus! Meu Deus! Parai meu coração

Olhai, olhai escravo tu serás
Pisai, pisai na cova em que estarás

Quero o prisioneiro 23623
Chegou enfim vossa condicional
Sabe o que é isso?

Sim, que livre estou

Não! Vais carregar um passaporte amarelo
És um ladrão

Eu só roubei um pão

Roubaste um lar!

Quebrei só um vitrô era o bebê de minha irmã
Que estava à morte

Tu que irás morrer
Se não seguir os trâmites da lei

São dezenove anos nisso aqui escravo da lei

Cinco porque roubou o resto por tentar fugir
Sim, 23623

Meu nome é Jean Valjean!

E eu sou Javert jamais te esquecerás
Por toda vida, 23623

Olhai, olhai escravo tu serás
Pisai, pisai na cova em que estarás
Aaah, aah, a-a ahh aaah, aah, a-a ahh

Livre outra vez o mundo em paz
O vento vem entrando em mim
E o céu diz que é um novo dia

Água outra vez que gosto tens?
Como lavar de mim os breus e esquecê-los?
O mal e a dor salgaram todo meu amor
Mas eis que agora vou saber
Se o mundo vai me receber

Tu vais partir aqui não podes ficar
Aqui tens tudo o que é teu não deves voltar

Só me destes metade ao que dais aos demais
Eu suei como um cão e não me pagais

És um ladrão e todos sabem, eu sei
Não hás de receber como quem está na lei

Eis que o mundo é um prisão
E vão as portas se fechando para mim
E não importa aonde eu vá
No passaporte eu levo a marca de Caim
Quanto mais andei, ouvi:
"Ninguém te quer aqui"

Não há lugar e já não há o que comer
Eu bem que gostaria mas não posso atender

Um celeiro qualquer uma lasca de pão
Não podes me enxotar pois eu não sou um cão

Tu vais partir! Tu vais por bem ou por mal
Não vamos receber aqui um marginal

E eis então que a liberdade
É essa corda no pescoço isso é a lei
Um passaporte que me leva
Eternamente pro inferno isso é a lei
Como um cão só faço andar
O chão é meu lugar

Meu senhor, se tendes frio
Vos convido a pernoitar
Somos pobres, temos pouco
Mas podemos partilhar

Revivei com nosso vinho
Renascei do nosso pão nossa cama vos recebe
Descansai vossa aflição

Me deu o que comer, minha fome então matei
A prata em minhas mãos valia muito mais
Que tudo que eu já vi
Que tudo o que eu ganhei
Então confiou em mim

E fez sua boa ação, eu me fiz de homem bom
Mostrei a gratidão, de todo coração
Mas eis que logo mais vão todos descansar
Pego a prata, vou escapar

Conta agora a tua história

Vamos ver se vai colar

Foste hóspede, pois sim

O bispo quis te acomodar
E ao ouvir os teus desvelos
Por bondade ou compaixão

Resolveu presentear-te com esta prata

Certo então

Mas amigo, não te lembras
Que foi mais que te ofertei?
Esqueceste sobre a mesa
Os candelabros que te dei

Meus senhores, é verdade
Os presentes eram meus
Libertai o prisioneiro
E segui na paz de Deus

Meu irmão, jamais te esqueças
Que o destino quis assim
Usarás o que te entrego
Como um meio e não um fim

Para ser de agora em diante
Um honesto cidadão
Deus te deu mais esta chance
E eu abri teu coração!

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