Dalsin, DonCesão - Desabafo letra (lyrics)

[Dalsin, DonCesão - Desabafo letra lyrics]

Escrevi pra fugir dos fantasmas
Que me perseguem das pragas que se rogam e
Os ROCAM nunca me peguem
Os trutas que perdoem e as
Biatches que me querem
Por que os cachorros morrem
E meus amigos bebem

Se eu não acendi o pavio não era pra ser gaza
Há quanto tempo nego eu não sei o
Que é me sentir em casa
As lembranças ainda queimam e
A cabeça em brasa
Quando a imaginação não sabe o
Que fazer com as asas
Quando pensar retém uma carga extra
Se a mente só pensa
Bosta atitudes não prestam
Testa a fé vou de carona no teu fone
E a resposta pras perguntas dela
Infelizmente ainda é meu nome



A única questão que faço é gelo no meu drink
Um pouco mais de flow no
Verso e grave no beat
Menos drogas no comércio e meus
Amigos bem mais pimp
Pros alpinistas apetite pras marquises
Ter mais ink

E era pra ser só um
Desabafo aí sobrou um espaço
Respirei fundo e deixei o som sair
Eu vi a alma ir pro
Espaço desapego no compasso
Ainda é cedo e eu não vou dormir

E eu vou refletir o que a alma pede
O que a mente necessita o corpo reflete
Inevitável é o sangue na gilete
O momento não é de festa
Então pra quê tanto confete

13º andar faz frio na sacada
Não paro de pensar na queda
Tá foda tudo roda daqui de
Cima só vejo a calçada
Alguns segundos no profundo mergulho no nada

Barulho ouço vozes mas não entendo nada
Orgulho tudo o que eu tenho já não vale nada
Divórcio tédio diploma do ensino médio
E um sócio que deixa a nine nine esticada

Engole seco sem prosseco sem cerveja
No para-peito do prédio tá o remédio
Vai tomar no cu

E era pra ser só um
Desabafo aí sobrou um espaço
Respirei fundo e deixei o som sair
Eu vi a alma ir pro
Espaço desapego no compasso
Ainda é cedo e eu não vou dormir

Daqui pra frente nada mais me impede
É 13 andar pra baixo e o
Corpo no meio dos ledes no pião de IML
É a navalha no pescoço e o
Sangue na blusa da GAP

Vou dar uma volta ver se alguém me assalta
Pra eu reagir e quando Deus vir me
Ouvir eu por os problemas na pauta
É o contra peso do que resta
E a navalha do barbeiro na mão
De quem rege a orquestra
Idiotice é quem me contesta
Quem tem um cano na cinta
Não traz escrito na testa
Não trai nem ao menos se presta
O ridículo é ter vínculo com
Quem arrasta a festa

Eu vejo o mundo com outros olhos
Porém a falta do perfeito deu
O charme das minhas falhas
Expulso o medo pelos poros
E o desabafo vira arte na
Mão de quem bem trabalha

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