Eloy Polemico, Estranho, Rômulo Boca - Morfeu letra (lyrics)

[Eloy Polemico, Estranho, Rômulo Boca - Morfeu letra lyrics]

Faz tempo que eu não sinto o chão nos pés
Se pá já fez dez anos que
Eu tô nesse circulo do invés
Tudo é um talvez, mano, jogo de xadrez
É a eterna batalha pra salvação dos reis
E eu me sinto meio mal, animal preso
E o peso das minhas questões
Não permite que eu saia dessa ileso
Ter que doar o que eu não tenho
Isso é mais que amor e todo
Ser faz parte do mesmo desenho
Acende a vela, que hoje eu tô sem luz
Todo dia é um Jesus na cruz
Plantação do medo traz a colheita do mal
E isso não é Stephen King, mas é cultural
Tô ligado vou mostrar como se faz uma
Canoa sem pau nenhum
Sem dar o bumbum, sem sermão de homem comum
Às vezes, me sinto MacGyver
Vivendo um Walking Dead
E eu na bad, colidir com uns cadáveres


FOXP2 pra permitir esse som um vinho
Uma bela dama que desconhece Louis Vuitton
Já fui garçom, vendedor, promotor
Teleoperador já fui jogador, caçador, né
Comum no jogo com preço de carta rara
Livre, igual Pedro de Lara, a vida não para
O colete separa, se é guerra, tomara
Isso me lembra bem Sekigahara

Morfeu lhe desejou bom sonhos
Durma bem, durma bem, durma bem

Água mole em pedra dura
Tanto bate até que cria areia
E essa areia acabou de virar deserto
E eu, já esperto
Já tentei ser tudo em minha vida
E, hoje, eu percebo que ainda não sou nada
Eu subo as escadas como se
Estivesse num quadro branco
Pintando, com versos, o fundo
Acumulo meus sonhos e pesadelos
Porque, neles, eu sou tudo o que eu quero ser
Sem precisar esconder minha dor
Eu mostro o que eu sou, mais um rapaz comum
Mas fora do comum, e o que é comum?
Dormir sem nem sonhar
E eu só preciso de um sonho e uma caneta
Mas sempre que eu durmo, eu acordo em
Slow-motion, emotion
Drop drugs, never grow up, fuck!
E esse tempo que não me deixa mais sorrir
Eu conjugando e conjurando novas linhas
E a cada linha, aumento minha percepção
E a cada ciclo, diminui minha razão
Eu colido no existir e como coexistir
Quando ninguém existe do seu lado?
Pra explicar, eu tô cansado
Então, eu deito e eu lembro que
Eu lembro que, eu lembro que

Morfeu se sente estranho quando
O Estranho cochila pois sou de carne e osso
Não sou mais de argila
'Magina, me sinto bem quando
Acordo do outro lado
Na cama, deitado, sentindo aroma de camomila
Olho o fio prata que me prende
Mas flutuo alto
Nem o meu medo de altura me toma de assalto
Minha pupila dilatada no meio da madrugada
Não pergunte como eu sei
Já que a pálpebra está fechada
Fachada, ideia rachada
Pra sair de tal neurose
Resolvi dar uma olhada aquela andada noturna
Me cubram com cobertores
E não me coloquem em uma urna
Depois das cinco
Eu levanto e me esqueço do show
Que bom seria se eu voltasse
E esquecesse o sol
Vamos fazer aquele esquema, na moral
Eu te faço a ligação e você acende o farol

Morfeu lhe desejou bom sonhos
Durma bem, durma bem, durma bem

No barro sagrado que é o ventre de minha mãe
O sêmen de meu pai
Homens são meros mortais e eu também, mas
Quem dera fosse, se a missão, aqui, rapaz
Fosse só mera, na quimera
Que é a city quando opera
'Pera! Dropa outro doce que melhora
Antes fosse
Esse sono cronológico, que cega tudo, lógico
Novos profetas cantaram, mataram, sofreram
Amaram escreveram e falaram
De Cayce a Huxley, Asimov e Marley
Pense: "nessa, não tô só", Matrix delay
Ok, outra dose não faz mal
Me faz me sentir real, operandi digital
Waterfall
Um velho, num sonho, déjà vu estranho
Me disse assim:
"O mundo, enfim, deu asa às cobras, filho
Creio eu que sim
Ó, lá, e já faz tempo, nesse tempo
Que eu parei de respirar
Então acorda, que tudo é diferente
Da ponte pra cá, é
Então acorda
Que tudo é diferente da ponte pra cá"

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