Enigmacru - A Versão de Júlio letra (lyrics)
[Enigmacru - A Versão de Júlio letra lyrics]
O peso dos copos nem
Me deixa equilibrar o corpo
Ultimamente bebo ao ponto do organismo
Substituir o suco gástrico pelo álcool
Que vai digerir no meu estômago
De repente a adrenalina excede
O nível de alcoolémia
Aí que te encontro vestida de preto
Tal e qual os teus cabelos
Encaracolados como se tivessem sido
Pousados nos teus ombros
Salientavam o contorno do seu pescoço
Perguntou porque é que trazes
Sempre esses brincos? Ninguém responde
Mas estás sempre a expor-te
Involuntariamente, a tua expressão
Revela mais do que esconde
Enquanto me aproximo só para passar por ti
E tu me agarras pediu-lhe um cigarro
Trocaram olhares por palavras
Nós aproximamo nos conheceram-se de vez
Beatriz, com o passar das horas
Eu já via três
Eu via mais do que aquilo que existia
Insistia
Porque quanto mais distante eu te sentia
Mais lhe tocava
E agarrava-te como se já fosses minha
Porque já o eras passou semanas
Passei dias à tua procura
Passei-me sempre que olhei para a
Pista cheia de gente e vazia e tu sabias
Via-te mais vezes das vezes que não vinhas
E nesse dia
Viste pela primeira vez desde essa altura
A bailarina continua esta noite
A dar-lhe corda, nunca para de dançar sozinha
Enquanto a caixa toca nunca irá muito longe
Mas se a música parasse, onde é que foste?
Ele tentou ir ao seu encontro
Supondo que não 'tás lá fora
Nem sequer foi buscar o casaco
Depois de ter procurado em todos
E era lá que estavas
Nitidamente preocupada com algo que devia
Estar no seu bolso apesar do meu esforço
Tão longe, não ouço
Talvez se a ajudasse e se
Os aproximasse um do outro
Caminhou sem que as
Ideias parecessem ponderadas quando te ouvi
Formou várias frases com as mesmas palavras
Formou ideias, caminhou sem frases ponderadas
(ouvi) as mesmas palavras
Sem que te parecessem várias
Ficou sem ideias
Quando caminhou formou várias
Linhas de pensamento
Enquanto todas ao mesmo tempo
Era tarde de mais para ficar em silêncio
E o quão inconveniente seria o silêncio
As palavras jorraram da sua boca
E de alguma forma resultou
Inexplicavelmente estava agora dobrado
Sob si próprio
Pensando no quão difícil seria encontrar
Aquele bilhete de autocarro
Mas estava decidido a ajudá
La até encontrá-lo
Tou à procura de uma desculpa
Para parar em algum sítio
A vomitar palavras sem sentido
Só para falar contigo
Até ficar enjoado com as
Próprias coisas que digo
Parei o carro e vomitei-as por
Cima do teu vestido
Enquanto escorreu pelas pernas
A chuva escorria nos vidros fechados
Aumentava o cheiro, mas abafava os gritos
Abriu-os o frio justificava os arrepios
Não se justifica
Ires a pé e eu de carro para o mesmo sítio
Trancamos as portas e não se fala mais nisso
Teria falado se a chuva
Não interrompesse quando disse
E arrancou-lhe as sílabas da boca
Arranquei-lhe os lábios
Levando-os a dizer a mesma coisa
Puxas-me com tanta força
Que me pareces outra pessoa
Beatriz torceu-lhe a cara
Não sei se isso me excita ou me magoa
Lambi o meu próprio sabor a
Vómito no teu corpo limpou os lábios
Esfreguei os dedos entre as tuas coxas
Abriste as pernas
Nunca fiz ninguém vir-se tão depressa
Tão encharcada
Podia espremer-te o orgasmo das cuecas
Enquanto isso
Continuaste, molhaste o banco todo
Mais quente que o suposto menos viscoso
Ela agarrou-o no rosto
Eu agarrei-te no pescoço e penetrei-te
Penetrei-te até ficares sem ar
E depois sufoquei-te
Afoguei-te no líquido que verteste
Ainda há pouco tirei-te os brincos
Primeiro um, depois o outro
Lembro-me daquilo dia sempre que os
Nossos olhos se cruzam no mesmo ponto
Nem por ti, filha
Voltaria a fazer tudo de novo
Não me perdoo, nem que me perdoes
Nem que te perdesse
Tens mais da tua mãe do que mereço
E o peso da culpa é mais do que eu aguento
Desculpa minha pérola
Se as que trazes fazem-me pensar em
Mais do que me lembro