Fabio Brazza - Meu Fantasma letra (lyrics)
Fabio Brazza [Fabio Rebouças de Azeredo] São Paulo, Brazil 🇧🇷
[Fabio Brazza - Meu Fantasma letra lyrics]
Escrita às 3 da madrugada
Quando a consciência grita e
A vaidade tá calada
Na calada quando o silêncio é seu confidente
E por mais que você tente convencer a mente
O coração não mente
E fala, o que o ego cala
O que você tentou jogar na vala do seu peito
Não tem jeito uma hora resvala e te acerta
Tem um fantasma na sua sala e
Você deixou a porta aberta
Quando cantei o que o sistema
Quis meu coração gritou
Quando gritei o que eu
Precisava o coração cantou
Entende? É difеrente
É quando para de pеnsar na rima
Foda pra falar o que sente
E quando falo é pra eu ouvir, cada conselho
É como se eu falasse me olhando no espelho
É como se eu precisasse repetir
O que me falta toda vez que canto
Sou eu pensando em voz alta
Se alguém quiser me ouvir eu agradeço
Mas escrevi pra falar comigo
Senão eu enlouqueço
Fácil surtar num mundo onde tudo tem preço
Mas o que me faz viver não é o
Que eu tenho é o que eu careço
Dinheiro é bom eu sei com Money eu como
Mas se tudo for por Money
Eu vou parar no manicômio mano eu sonho
E o que eu tenho de melhor
É o que não se compra
Cê não me vê porque eu to no futuro
Me encontra
E quando eu morrer espere que eu ressuscite
Na tinta de algum grafite
Numa rima em cima do beat numa folha sulfite
Meu fantasma vai tá sempre lá
Quem quiser que me visite
Eu te avisei eu te avisei eu
To aí do seu lado sente? Tipo um fantasma
Por isso eu tenho que ser transparente
Eu te avisei eu te avisei não se
Assuste quando eu aparecer na sua frente
Tipo um fantasma
Por isso eu tenho que ser transparente
O poder da escrita que me habita
Não é dom, é uma dor que o poeta necessita
É como uma estrela que já morreu
Quando chegar a ti talvez eu seja breu
Talvez não seja eu
Talvez dentro de mim haja outros "eus"
Será que é Dois? Será que é Deus?
No fim da página de quem é a rubrica?
Duvido mais da certezas do que da dúvida
Me sinto como uma flauta oca que o
Sopro do além transforma em música
Não sou escritor, penso assim
Não escrevo nada
Só copio o que já tava escrito em mim
E o que já tava escrito
Em mim quem que escreveu?
Será que esse sonho é mesmo
Meu? Quem sonha por Morfeu?
Deus que inventou a gente ou
A gente que inventou Deus?
Mas se ele fez mesmo a
Gente será que se arrependeu?
Jogo pro universo esperando
Alguém me responder
Como uma mensagem na garrafa
Como quem psicografa
Mas tenho a impressão no final de cada
Verso é outra mão que autografa!
Quando eu morrer não quero
Epitáfio ou mausoléu
Nem pedirei ao céu que reencarne
Minha carne e epiderme será comida de verme
Só em poema poderá ver-me
Mensageiro tipo Hermes
Ces pensam que eu só to cantando rap
To conversando com o outro
Mundo igual Allan Kardeck
Sentado na escrivaninha essa letra
Não é minha é só fechar o olho que a
Mão começa a mexer sozinha