Fausto - Adeus Orelhas de Abano letra (lyrics)
[Fausto - Adeus Orelhas de Abano letra lyrics]
E quando, entretanto veneram velhas ideias
Ouvem-se borburismos meneios peristálticos
Da lagosta na cabeça da brigada do reumático
Cheiram ao doce cheiro do odor das violetas
Por isso e por enguiço
Dormem rente aos cemitérios
Flatulentos bandulhos
Tóxicos de gás à míngua
Já morrem envenenados
Ao morrer a própria língua
E adeus orelhas de abano (Línguas bífidas
Fulanos e sicranos e beltranos
Delambidos, desabridos
E mais idos que jazigos)
Lá vai mais um epitáfio
Botas cardadas do solfejo
Falhos de imaginação
Escrevem mal com o pé no lápis
Com o lápis do pé na mão
Fica o censor em confusão
(De fandangos, malhões lavacolhos, charamba
Laços, cana-verdes e repasseados
E santa marinhas zé-pereiras
E um baile mandado marafado
Cantos de adufeiras pandeiradas
Mais saias e viras e baladas)
Mas p'ra que aprenda o tal penetra
Aqui vão mais uns et cetera et cetera
Et cetera
Analítico, analista em paleolítico inferior
Rupestre e muito rara é a sua própria cara
Trazem longas cornetas
Penduradas nas orelhas
Da pilosa até aos tímpanos
De Eustáquio às sobrancelhas
E mesmo assim os "sonotonos"
Feitos a preto na cor vão surdos de melodias
De colarinho à lavrador
Sem poesia que os salve
De pleonasmos divinais
Dão gozo na anacolutia
E pela anástrofe muito mais
E adeus orelhas de abano (Línguas bífidas
Fulanos e sicranos e beltranos
Delambidos, desabridos
E mais idos que jazigos)
Lá vai mais um epitáfio
Botas cardadas do solfejo
Falhos de imaginação
Escrevem mal com o pé no lápis
Com o lápis do pé na mão
Fica o censor em confusão
(De fandangos, malhões lavacolhos, charamba
Laços, cana-verdes e repasseados
E santa marinhas zé-pereiras
E um baile mandado marafado
Cantos de adufeiras pandeiradas
Mais saias e viras e baladas)
Mas p'ra que aprenda o tal penetra
Aqui vão mais uns et cetera et cetera
Et cetera et cetera
Adeus orelhas de abano