Fausto - Na Ponta do Cabo letra (lyrics)

[Fausto - Na Ponta do Cabo letra lyrics]

Amanhecemos na ponta do cabo
Dobramos levando nossa viagem embora
Agarrunchados, cosidos
Com os penedos e os calhaus
Do cabo, do cabo, do cabo, do cabo
Aquele casco vai com o bordo debaixo de água
Mete de popa e de proa
Lá vai em pulos e saltos
Com as tilhas em baixo acode à vela
Á bomba ao leme
Ao remo ao bote
Ao bote, ao bote

Abriu então pelas picas atirou fora a estopa
Do calafeto cuspindo
Os cinco mares que nos deram
Comiam, comiam, comiam, comiam
E o vento forte, e o vento forte travessão
Deu nos um grande chuveiro
Chamado olho de boi olha o boi
Corre a nau pela bolina aguçando de ló
Deu uma grande cabeçada
Que partiu o galindréu o gurupés
O mastaréu a moneta
A escota, a calinga o papa-figo

O tamborete sem moneta nem mastro nem nada
Acode à vela à bomba
Ao leme ao remo
Ao bote ao bote, ao bote

E foi um mar que lhe deu foi-se ao leme
Vão os machos metidos nas fêmeas
Tudo arrasado de água metida a vela na verga
Metida, metida, metida, metida e pela proa
Subitamente pela pro há um ponente tão rijo
Que nos deixou a verga em baixo olha o baixo
E pairava sobre nós um olho de fogo
Cheirava a enxofre e parecia
Que se derretia o mundo
Os caldeirões, a escotilha
A estrinca, o postaréu
A cevadeira, a conjura do tempo
E no batel e no batel
Que nem mover se podiam
Uns por cima dos outros, por cima dos outros
Acode à vela à bomba
Ao leme ao remo
Ao bote ao bote, ao bote

Pela banda de bordo faz um medo de ver
Só mais um pé-de-vento era noite, era noite
Era o fim pelos vistos e soavam, soavam
Altos gritos nos baixos são gemidos e medos
E rezando demais vai o bom e o mau
Vai o barco e a nau

A safar o mesame levantava levante
E ventava poente era mais do que tudo
Pelo quarto da prima trovões, altos gritos
Arrecifes e mais são suspiros e prantos
Alijando de menos este e aquele mundo
Vai a pique e ao fundo

Pela banda de bordo a safar o mesame
Faz um medo de ver levantava levante
Só mais um pé-de´vento e ventava poente
Era noite, era noite era mais do que tudo
Era o fim pelos vistos pelo quarto da prima
E soavam, soavam trovões, altos gritos
Altos gritos nos baixos

Arrecifes e mais são gemidos e medos
São suspiros e prantos e rezando demais
Alijando de menos vai o bom e o mau
Este e aquele mundo vai o barco e a nau
Vai a pique e ao fundo

Salva, salva o corpo ó corpo Santo, salva

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