Gabriel, o Pensador, Barão Vermelho - + 1 Dose letra (lyrics)
[Gabriel, o Pensador, Barão Vermelho - + 1 Dose letra lyrics]
A noite nunca tem fim
Por que que a gente é assim?
Aí! Garçom! Traz aqui pra mim
Mais uma dose, "é claro que eu tô afim"
Tin tin! Como diz o ditado
"A noite é uma criança"
Mas eu é que tô sempre mamado
É mel na chupeta, pinga na chupeta
Cerva na chupeta, vinho na chupeta
Uísque na chupeta, mamãe eu quero mamar
Dá a chupeta pro neném não chorar!
Eu quero álcool! Pode encher a taça
Nem quero saber se é champanhe ou cachaça
Passa pra cá! Passa o goró
E deixa eu virar num gole só!
Foi mal, pô, num tô legal, tô
Com muito sangue no meu álcool
Daqui a pouco vou parar num hospital
Para tomar injeção de glicose
E depois vou acabar num caixão com cirrose
Mas por enquanto eu quero mais uma dose
Quando eu tô triste eu bebo pra esquecer
Quando eu tô feliz eu bebo pra comemorar
Quando eu não tenho motivo pra beber
Eu encho a cara de bebida até vomitar
(Você pensa que cachaça é água
Vacilão? Cachaça não é água não)
Não! Nem me fale em água
Filtrada nem água mineral
Que se eu bebo um troço desse eu passo mal
Água pra mim só se for aguardente
Até pra tomar banho ou escovar os dentes
Sem bebida a vida não presta
Se tem festa eu sou o chato e
Se tá chato eu sou a festa
Eu num como ninguém, mas eu bebo bem
Da número um à número dez, à número cem
À número mil eu sou da turma do funil
Bebo até cair mas depois me levanto
Abro mais uma e dou um gole pro santo
A birita é sagrada pra minha religião
A dieta equilibrada é um copo em cada mão
(Uma cervejinha pra abrir o apetite e
Mais um chopinho acompanhando a refeição
Depois a caipirinha pra tomar de sobremesa e
Só um licorzinho pra fazer a digestão
E agora? Vamo embora?)
Num fala besteira, garçom, a saideira
Ai, que ressaca, minha cabeça tá doendo paca
Eu não passo de um babaca
Corpo podre, mente fraca, que psicose
Ontem entrei no tapa só por causa de uma dose
Que onda errada
No fim do mês ainda tenho aquela
Conta pendurada lá no bar
Vou ter que deixar a metade do salário
Na olimpíada do copo eu
Sou o primeiro voluntário
Comigo é páreo duro
Eu engulo qualquer mistura
Quanto eu tô duro serve até cachaça pura
Loucura? Não, doença, cara
Eu nem me lembro como ontem
Eu cheguei em casa só sei que eu acordei com
Uma baranga do meu lado
E lembrei que a minha mina
Já tinha me abandonado
Ih, que dia é hoje? Hoje é segunda
Ah, mas no trabalho eu já
Levei um pé na bunda
E eu continuo me afogando
Nessa poça de álcool
Só que a poça tá ficando muito funda