Gabriel, o Pensador - Rap do Feio letra (lyrics)
[Gabriel, o Pensador - Rap do Feio letra lyrics]
Ãh, história real poderia acontecer com você
Era uma vez
Dois irmãos gêmeos, um bonito e um feio
Desde cedo o bonito sacaneava o feioso
Dizendo que ele mais tarde
Ia trabalhar num rodeio
Fazer careta pro touro e
Deixar o bicho nervoso
"Cala a boca, pentelho!", respondia o feinho
"Vai casar com o espelho? Então fica sozinho"
E o feio saía sempre fazendo amizade
Sem a menor vaidade, popular na cidade
Na adolescência, malandro
Mandava bem nas festinhas
E o bonito bolava se aparecia uma espinha
"Que espinha nem cravo, meu irmão
Não esquenta!
Eles apagam a luz antes da música lenta!"
Uh, uh, uh, que beleza!
Uh, uh, uh, que beleza!
Uh, uh, uh, que beleza! Pedro e Renato
Uh, uh, uh, que beleza!
E muito tempo depois
Vendo o seu irmão tão lindo
E tão mal humorado
O feio, sorrindo, criou um belo ditado:
"A beleza é passageira
Mas feiura é um bem que a
Gente tem pra vida inteira"
A mulherada gostava, a natureza foi sábia
Ele perdia em boniteza, mas ganhava na lábia:
"Aí, gatinha, chega aí, chega mais perto
Não tema
Eu sou 100% feio, eu sei, qual o problema?
Eu sou feio mas te faço feliz
Com palavras gentis
Um papaia com licor de cassis
O feio sabe o que faz, o feio sabe o que diz
Os detalhes sutis, você vai pedir bis
Mais vale um feio maduro
Que dez galãs infantis
Então pensa num ator que eu penso numa atriz
Apaga a luz e vem que o amor é cego, meu bem
Abre a porta e vai entrando
Que eu entro também"
Uh, uh, uh, que beleza!
Uh, uh, uh, que beleza!
Uh, uh, uh, que beleza!
Uh, uh, uh, que beleza!
É dos feios que elas gostam mais
O feio não vacila, o feio corre atrás
E corre na frente, é valente, chega junto
Um feio inteligente nunca fica sem assunto
Já o bonito é diferente: confia na
Beleza e fica meio… diz, displicente
E nesse meio tempo em que o
Bonito só pensou no visual
O feio se arrumou e ganhou na moral
Na real, o bonito se dá mal geral
Quando é festa, churrasco, pagode ou carnaval
Porque sempre que a mulher
Acompanhada perde a linha
Só olha pro bonito "Nossa, que gracinha!"
Mas aí o maridão, que já tá cheio de cana
Junta logo os outros cornos
Pra juntar o bacana
E se tiver tiro, o bonito é que morre
O corno corre
A mina chora e adivinha quem socorre?
Acertou em cheio quem achou que é o feio
Que executa a mulher do alheio sem tiroteio
E se a própria mulher depois resolve contar
O marido traído se recusa a acreditar
"Quem?! Aquele cara ali? Ah
Fala sério! Se é com ele pode ir"
Uh, uh, uh, que beleza!
Uh, uh, uh, que beleza!
Uh, uh, uh, que beleza! Dá-lhe, Renato!
Dá-lhe, Pedrão uh, uh, uh, que beleza!
E diz o feio: "Eu sou feio
Mas eu faço bonito
E as mulhé dão grito, e as mulhé dão grito!
Eu sou feio, mas a sorte me escolhe
E as mulhé dão mole, e as mulhé dão mole!"
E assim termina nossa história real
O bonito fez uma plástica, ficou feio também
E todos viveram felizes para sempre
Na Prainha, Rio de Janeiro, Brasil
Pai barba, seus filhos: Renato e Pedro
Quem quiser pode ir lá conferir
Feio não paga uh, uh, uh, que beleza!
É, feio lá só paga meia
Uh, uh, uh, que beleza!
É por isso que é sempre casa cheia
Uh, uh, uh, que beleza! Que beleza, garoto
Uh, uh, uh, que beleza!
É dos feios que elas gostam mais
Uh, uh, uh, que beleza!