Gigante No Mic - Brilho da Morte letra (lyrics)

Goiânia centro Oeste Brasil
Final da década de 80
Em um instituto de tratamento
De câncer desativado
Dois catadores de lixo encontram uma
Máquina abandonada
Esse aparelho usava cloreto de Césio em
Pó como fonte de energia
Elemento altamente radioativo

1987,  na década do disquete
Poucos tinham vídeo cassete
Ninguém no Brasil tinha net
No ano em que eu nasci
Na cidade onde eu nasci
Goiânia, a terra do pequi
No mundo todo foi manchete
Senta que lá vem história, pivete
Isso não é música pra rádio
Mas a radiação reflete
E foi pelo Brilho da Morte
Que as pessoas vislumbraram o Césio 137
Não era Playmobill esse brinquedo satânico
A nossa Chernobyl em pleno mundo pós-mecânico
Em tempos de guerra fria, nem KGB, nem CIA
Conteram a histeria e a notícia gerou pânico
Essa versão num ignore-a
Um dos maiores acidentes
Radiológicos da história
O medo ficou na memória vários mortos
Mas só algumas mortes que foram notórias
Apenas dezenove gramas
Foram capazes de contaminar centenas
De vidas humanas soldados ficaram em campana
O inimigo era invisível
Mas sua força era tamanha
A radiação é poderosa mais que um tunder
Se algo der errado
A calma é difícil de manter
O que gerava energia pra combater o câncer
Deixou todos em danger

Não tinha que ser assim
Mas teve que ser assim será que foi um aviso
De como será o fim contei um pedacim'
Do que foi a merda, fi' o avanço científico
É bom mas é ruim não tinha que ser assim
Mas teve que ser assim será que foi um aviso
De como será o fim contei um pedacim'
Do que foi a merda, fi' o avanço científico
É bom mas é ruim

Foram seis mil toneladas
De dejetos contaminados
Cem mil pessoas foram monitoradas
Várias com os sonhos arruinados
A energia nuclear prossegue
Todos já foram avisados
Goiânia é só a ponta do iceberg
O mundo virou um campo minado
Gigante no Mic!
O mundo virou um campo minado!
O mundo virou um campo minado!
O mundo virou um campo minado!
O mundo virou um campo minado!