Mace - A Despedida letra (lyrics)

[Mace - A Despedida letra lyrics]

Grito, silenciosamente o que tenho escrito
Vagueio perdido na mente
Num labirinto de pensamentos
Sentimentos sensações
Tou sozinho parado no tempo
E sem opções enfrento o mundo
Com um nó na garganta uma ferida aberta
Onde o sangue não estanca
A viver pressionado com um fardo pesado
De nesta vida

Fazer algo com significado
A vida é muito curta pa fazer planos
Não há desculpa
Para não fazer o que gostamos
Temos medo da mudança porque apenas receamos
O lado mau de cada etapa que nós enfrentamos
Mas com o passar dos anos
A mente em cá em si e foi aí
Que descobri que não faço nada aqui
Eu vivo, num mundo à parte
Onde a arte me eleva a outro patamar
Mesmo fechado no quarto
Cada segundo a amar-te
É verdade, mas tu negas
Pede a outro pa t'amar

Porque disso eu já tou farto
De forma bipolar vou levando o dia-a-dia
Num mundo imaginário a realidade é dividida
O medo de comunicar
Com quem me trouxe à vida
Fez me parar e pensar que vagueio à deriva
Ver algo a desvanecer
Sem o meu consentimento fez me perceber
Que não sei lidar com sentimentos
Uma pressão social que me consome por dentro
Uma bola de neve que me persegue lentamente
À medida que vou crescendo
Vejo que é pouco o tempo
Que tenho para fazer

O que eu quero realmente
Preso nas linhas dum caderno
Amarrado a uma caneta verão em pleno inverno
Dentro da minha cabeça
O paraíso ou o inferno?
Não tenho bem a certeza talvez seja só medo
De pôr as cartas na mesa
Quando se fala de deus a conversa fica tensa
Muitos só o adoram à espera de recompensa
A morte é um lugar melhor
Então porquê a espera?
Porque é que ficamos cá tantas primaveras?
Porque é que nós choramos
Por aqueles que partiram?
Como é que acreditam
Em algo que nunca viram?
Porque é que nós vivemos?
Porque é que nós perdemos
Tanto tempo cá em baixo
Man, porque é que não morremos?
Se morrer é tão bom
Para que serve esta vida?
Para eu desperdiça la

A escreve la em batidas?
Se escrever valesse a pena
O Nerve tava em alta
Eu só acho que o problema
Tá em toda essa malta que não liga
Ao trabalho ao suor e sacrifício
Interrompi os estudos
Pa lutar por este ofício um sonho de miúdo
Ou mero desperdício se isto é um erro
Vejo que errar é vício
É com erros que aprendo e me vou instruindo
Mas às vezes instruções
Apresentam vários caminhos
E eu sigo sem destino a contar só comigo
Onde esta arte urbana
É o meu porto de abrigo

A vida é uma não tens outra tentativa
Mesmo quando o chão fugir
Mantem a cabeça erguida
Para tu poderes sorrir na hora da despedida
Porque é suposto sorrir na hora da despedida

Meu puto acorda e tira a corda do pescoço
Falo comigo próprio sempre com tom de gozo
Como se o outro eu tivesse mais estofo
Que este ser aprisionado dentro do meu corpo
Tou farto de dar tudo
E não receber nada troca
Grito com as paredes até que a voz sufoca
Os pais não estão presentes
Eu tou longe da toca e são raras as vezes
Que o telemóvel toca quando a saudade aperta
O choro me aborda porque agora
Dou por mim a fechar outra porta
Tenho saudades
De tudo aquilo que vivi outrora
Semanas em Coimbra com vontade de ir embora
A cidade que me obriga a tar mais tempo fora
É a mesma que me abriga
Nesta nova trajetoria
Mas eu penso em cada hora
Que perco a vir pra cá
Será que vão ser repostas no dia de amanhã?

Viver sem motivação é a morte de qualquer um
Por isso a dedicação é me motivar no som
Deixa ser ilusão deixa-me no meu canto
A cada composição a vida ganha mais encanto
Eu vivo para isto mesmo que digam que não
E irei sempre fazê-lo enquanto houver pulmão
Eu sinto a pulsação a aumentar cada vez mais
E aproveito este som
Para agradecer aos meus pais
Por tudo o que fizeram
Por tudo o que me deram
E se não me deram mais
Foi porque não puderam
Sei que não serei o filho

Que os meus pais esperam
Como que nunca fui o filho
Que eles mereceram
Eu sei que às vezes exagero
O ódio deixa-me cego
Falo de cabeça quente e erro
Isso eu não nego por isso eu tenho estado
Como um baú fechado e eu não tenho achado
A chave, no teu casaco
Ver-te a bazar de casa sempre foi um hábito
Mas bazares por minha causa
Deixa-me de rastos eu junto os cacos
Do vidro partido é nocivo
O que se tem passado comigo
Será que saltar da ponte vai ser suficiente
Pa toda a gente sentir
O que eu sinto cá dentro?
Uma dor que me corroi e destroi diariamente
Com lembranças

A mutilarem-se mutuamente
Dizem que tenho de desabafar
Mas acho que tenho medo
E quando o mundo desabar
Eu abro o caderno e escrevo
Tal como escrevo aqui isto é a minha vida
Desculpem lá a tensão
Se disse o que não devia só queria atenção
Na mensagem transmitida se pra ti é confusão
A missão foi sucedida fechado numa prisão
Tento desligar a ficha lágrimas em fricção
E a visão já não fixa em plena exaustão
Acompanho a batida e reparo que este som
É uma folha perdida sinto que não disse nada
Numa letra tão comprida
Mas não sei o que falar
Na hora da despedida man

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