Maze, Spock, Francesco Valente - Que Horas São? letra (lyrics)
[Maze, Spock, Francesco Valente - Que Horas São? letra lyrics]
A minha obsessão com o momento
Transporta-me sempre para o agora, agora
Agora… infinitamente agora
O meu fervor pelas palavras
Senta-me diariamente a combiná las
Da melhor forma são horas
De ter coragem para dizer o
Que tem que ser dito
A minha ordenada anarquia impele-me a
Querer queimar todas as bandeiras
Faz-me rodar o globo terrestre de borracha
Em ristе a apagar fronteiras são horas
De pôr a girar o 7" da
Exodus e abraçar rеfugiados aleatórios
Que se cruzam connosco nos trilhos
De escape das suas babilónias são horas
De dizimar o medo que a ilusão
Crónica da escassez nos provoca
Há suficiente aqui para 7 biliões de bocas
Há! Se 1% não ficar com metade do
Que chega para alimentar todas
Se não quisermos todos fazer banquetes com um
Kilo de carne retalhada num prato
Este conforto demasiadamente absurdo
Debilita nos tanto
Transforma nos nas flores de estufa em
Que nos tornámos há muito são horas
De desligar esse oráculo chamado google
E penetrar no âmago da natureza
Embrenhados nas respostas essenciais
Horas de descobrir os segredos da existência
De todos os corpos celestiais
São horas de abraçar os nossos, a família
Não só a de sangue mas também a que nos foi
Sendo trazida pela vida
São sempre horas de lutarmos pela igualdade
Feminino e masculino em equilíbrio
Na bela dança do yin e do
Yang que gere a vida, que gera vida
São horas de matar, o preconceito
A estupidez, a ganância, a injustiça
E todas as inúmeras artimanhas
Que o ego fabrica
E que nos são ridiculamente intrínsecas
A chamada natureza humana não
É desculpa comportamental
É fundamental percebermos que são
Horas de mudança, pela criança em nós
Para que ela prevaleça na nossa voz activa
Quero experienciar ainda nesta encarnação
Coisas que imagino mas
Que estão Dependentes de alteração
De consciência colectiva
São horas, de mostrar vulnerabilidade
Porque nos é permitido
E dessa fragilidade nasce
Uma força incomensurável
São horas de tomarmos as
Rédeas das nossas vidas
De domar esses cavalos selvagens que
Às vezes nos projectam
Deixando nos no chão inanimados
São horas de criar realidade
Os blocos de legos encaixados
Como nós engajados nos nossos pensamentos
Que eles sejam apenas e tão
Só os pensamentos correctos
Para que o caminho se desenrole à
Nossa frente tal tapete persa voador
E nos leve a sobrevoar a
Terra dos nossos sonhos materializados
São horas, sempre, agora
Agora, agora, agora, agora