Mundo Segundo, Sam The Kid - Também Faz Parte letra (lyrics)

[Mundo Segundo, Sam The Kid - Também Faz Parte letra lyrics]

Quando a vida ficar vazia
Faz ela virar poesia
O passado passou 'pa trás
O teu prazo passou num dia
O fracasso tá ali na porta
Quase dormiu na merda
Ele passa uma vida morta
E abraça que é o fim da meta
É o massacre que só humilha
Cansado que o sol não brilha
Arrasado e ele só dormia a
Pensar abraçar a filha
E os homens levam-me os tropas
Boy, na zona é só desfalques
Paka limpa só funciona noutros palcos
Gravatas invisiveis não querem
Mais milionários
E tornam impossíveis cenários imaginários
Mas não tiram minha mística
Sou atração turística
Desmistifico quem pensa que em


Bairros só há marginais, todos iguais
Por mais que inoves
A tua sina é ser da mesma escória
E putos trazem uma visão nova
Para a mesma história
Pais falidos fazem mais bandidos
Quem patrocina agora a casa é
O filho de pais maridos
Um gajo na boa vem Ramona, a gente "esfaina"
Na estrada, a gente espalha a zona
A gente "shaina"
A judiciária que espreita por 'tar na área
É suspeita a missão diária para ver
Toda a nossa área desfeita novas doutrinas
Que alteram rotinas à procura
De vidas londrinas
Um boy obrigado a ter emigrado e o
Bairro ainda é unido e bravo
Onde eu gravo o meu vídeo
Agrado o passado p'ra no futuro ser lembrado
Esse é o meu fado

Também faz parte
Pensei num péssimo indício e disse-o
P'ra vir encarar à pressa
Ou começa no sacrifício
Em cada fim há um início
Em cada início uma história
É hipótese duma nova trajetória
Porque a glória

Também faz parte
Pensei num péssimo indício e disse-o
P'ra vir encarar à pressa
Ou começa no sacrifício
Em cada fim há um início
Em cada início uma história
É hipótese duma nova trajetória
Porque a glória

Também faz parte

Também vim do bairro mas não do bloco
Eu cresci na ilha
Onde a miséria aponta o foco mas
Onde há fome há partilha
Onde um prato dá para quatro
Um quarto p'ra família inteira
Duas camas, berço, terço na mesa de cabeceira
Um ordenado, uma pensão
Rendimento de inserção
Uma criança como um dom
Num castelo de papelão
Um futuro que não sorri numa
Bela face trancada como um livro que não li
Com informação que faltava
Mas não deixei de ser eu
Fui do breu ao apogeu
Fui do meu pequeno quarto
Aos palcos do coliseu tudo faz parte
Eu luto dizem que a vida é prostituta
Mas apaixonei-me por ela a ver
Se a relação resulta
Num certo ponto de vista
Podem me chamar masoquista
Mas não sou apologista de
Vitórias sem conquista
Tenho sonhos numa lista
Mais uma linha que se risca
Na verdade só se despista aquele
Que se faz à pista
Porque eu corro por desporto mas
Não me alimento de vento
Fiz muito trabalho à borla
Respeita o meu orçamento
Direto sem ornamento
Não político de parlamento
Lamento não minto em detrimento
Que sinto por dentro
Do ventre até ao jazigo
Imperfeito assim prossigo se partir
Digam ao mundo "fechei a página deste livro"
Em cada fim há um início
Em cada início uma história
É hipótese duma nova trajetória
Porque a glória

Também faz parte
Pensei num péssimo indício e disse-o
P'ra vir encarar à pressa
Ou começa no sacrifício
Em cada fim há um início
Em cada início uma história
É hipótese duma nova trajetória
Porque a glória

Também faz parte
Pensei num péssimo indício e disse-o
P'ra vir encarar à pressa
Ou começa no sacrifício
Em cada fim há um início
Em cada início uma história
É hipótese duma nova trajetória
Porque a glória

Também faz parte também faz parte
Também faz parte também faz parte

Também faz parte

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