MV Bill, Kmila CDD - Falcão letra (lyrics)
[MV Bill, Kmila CDD - Falcão letra lyrics]
Falcão fica na laje de plantão no sereno
Drogas, armas, sem futuro
Moleque cheio de ódio invisível no escuro
Puro é fácil vir aqui me mandar matar
Difícil é dar uma chance a vida
Não vai ser a solução mandar blindar
O menino foi pra vida bandida
Desentoca, sai da toca, joga à vera
O choro é de raiva, de menor não espera
A laje é o posto, imagem do desgosto
Tarja preta na cara para não mostrar o rosto
Vai, isqueiro e foguete no punho
Quem vai passar a limpo a
Sua vida em rascunho
Cume envenenado pra poder passar a hora
Vive o agora, o futuro ignora
O amargo do sangue, tá na boca
Vivendo o dia-a-dia
Descobre que sua esperança é pouca
Moleque vende, garoto compra, pirralho atira
Menino tomba
Mete Bronca, entra no cao pra ganhar
Joga no ataque, se defende com AK
Pupila dilatada, dedo amarelo
Jovem guerrilheiro no seu mundo paralelo
Bate o martelo, acabou de condenar
Julgamento sem defesa, quem é réu vai chorar
Vai babar porque o coração não bate mais
Agora quer correr a frente, não correr atrás
Idade de Criança, responsa de adulto
Mente criminosa enquanto a alma veste o luto
Puto por dentro, faz o movimento
Raciocínio lento e o extinto sempre atento
Não perde tempo, vem fácil, morre cedo
Descontrolado, intitulado a voz do medo
Vitima do gueto, universo preto
Vida é o preço e pela vida largo o dedo
Jovem, preto, novo, pequeno
Falcão fica na laje de plantão no sereno
Drogas, armas, sem futuro
Moleque cheio de ódio invisível no escuro
Puro é fácil vir aqui me mandar matar
Difícil é dar uma chance a vida
Não vai ser a solução mandar blindar
O menino foi pra vida bandida
Falcão não dorme, olho aberto
Guerreado com errado
Fechado com quem ele acha que é o certo
Boladão, menor revoltado
Apanha calado, pra não cair como safado
Cabelo Dourado
Pele queimada que se acha BamBamBam
Quando tá de frente pro bicho até se caga
Junte mágoa, arma, ambição
Guerreiro juvenil é o resultado da combinação
Irmão de quem? Filho de ninguém
Medo do além, olha o sacode bang, bang
Dito e feito
Grudado no asfalto tá o respeito
O vagabundo engole seco
Pra não dar dois papos
Tu tá ligado e eu também
Vagabundo é mais ou menos, não diz amém
Nem poder paralelo, nem poder constituído
Pobre reunido é quadrilha de bandido
Sim, faz sentido o ambiente marginal
As cores da sua roupa equivalem a um funeral
Sujou, lombrou, sangue ferve
Quem faz a segurança do asfalto
Ele chama de verme
Paquiderme a doença tá na pele
O olho avermelhado anuncia que
Ele tá na febre parafal no último modelo
O sonho de criança cresceu e virou pesadelo
Se é meio termo, dormindo com o inimigo
Escravo do perigo, traição de camarada
Fez feio no desenrolado, rachou a cara
Menos um no caminho
Um a mais na patrulha da cidade
Necessidade, excesso de vontade
Neurótico, flexível quando tem que ser
O que vale é o proceder
Sem caozada pra não ficar fudido
De menor, 15 anos
Ferramentas e o olhar de bandido
Jovem, preto, novo, pequeno
Falcão fica na laje de plantão no sereno
Drogas, armas, sem futuro
Moleque cheio de ódio invisível no escuro
Puro é fácil vir aqui me mandar matar
Difícil é dar uma chance a vida
Não vai ser a solução mandar blindar
O menino foi pra vida bandida