NGA, Deezy, PierSlow - Rualidade letra (lyrics)
DEEZY [Edgar Lopes] Benguela, Angola
[NGA, Deezy, PierSlow - Rualidade letra lyrics]
Assaltantes comtrolam os clientes
Ameaçam os proprietários co armas de fogo
E levam todo o dinheiro que
Em Apenas dez dias e num
Raio de cinco quilómetros
Seis pastelarias foram assaltadas
O roubo é feito por grupos
De quatro ou cinco homens
Acontece ao início da noite e todos
Eles obdecem a um mesmo método
São bastante rápidos e preciso
O alvo é a caixa registadora
Eu vou atrás do pão, sábado ou domingo
Devias fazer o mesmo em vez
De te preocupares comigo
Mas, como eu te digo foi
Assim que Deus te fez
Só tou a tentar trazer o fim do
Mês antes do fim do mês
Mas ele quase sempre falha
E só não falha mais porque a dama trabalha
Ou achas que eu aturo bófias por prazer
Tipo que eu não tenho mais nada pra fazer
Daí vem o comer e vem a renda
E a prenda que ta a venda na
Loja que é perto da vivenda
E a cota limpa pra fazer trocados
Pai bazou há bué mas também era coitado
E o meu cunhado, irmão da minha dama
Disse que essa semana me orientava uma grama
Mesmo sem massa não falta o pitéu
Tenho que me sujeitar, porque eu
Eu tenho a família em casa, há minha espera
Sem o que comer
Então eu vou a luta todos os dias
Venha quem vier não me julgues mano
Antes disso tenta perceber
A gente faz o que tiver que ser
(Pela Família) para sobreviver
A gente sonha parece impossível
A gente come bombas de combustível
A gente luta mas pra ser franco
É mais fácil levarmos o multibanco
A gente estuda mas nunca há emprego
Ou porque é estrangeiro ou porque é negro
Ou porque é brazuca ou porque é cigano
Esquecem das bocas que nós alimentamos
Então a gente come a ourivesaria
Limpa o kumbú, abre uma barbearia
Um café ou um salão
Assim em casa não falta pão na porta um BM
Prisão ninguém quer mas a gente não lhe teme
A gente tem pobreza, não tem nada na mesa
Consciência não pesa e eu
So tenho uma certeza
Tenho a família em casa, há minha espera
Sem o que comer
Então eu vou a luta todos os dias
Venha quem vier não me julgues mano
Antes disso tenta perceber
A gente faz o que tiver que ser
P'ra sobreviver
A gente faz o que tiver que ser
P'ra sobreviver
Até agora e apesar do uso de armas
De fogo não há feridos a restar
Oque, oque há é que fica uma profunda
Sensasão de insegurança por
Parte da população