ORTEUM, Benny Broker, Eliot - Era Uma Vez letra (lyrics)
[ORTEUM, Benny Broker, Eliot - Era Uma Vez letra lyrics]
Não deixes para o amanhã o que podes fazer tu
Se o pof bater logo
Tens a hipótese de saber tudo
Hoje são chutos ao pontapé
Tipo Rock Rendez Vous
Depois passou à história esse
Hip-Hop de vender cu quando erras
Tu não vês que o ponteiro não pára
Duma vez, dispara nem apontei
Contei com nada e voltei meu brother
Não há volta a dar, é sempre a rasgar
No contra-ataque sem me engasgar
A gente apresenta skill, nunca trouxe fama
Carrego 60 quilos
Querem-me prender por 14 gramas
Não faz sentido 'Tou na paz sem perigo
P'a ser verdadeiro sou capaz de mentir
Não percebeste? Só me desgraço sem ti
Não percebes nada
E não é possível estares bêbada
Se só bebes água isto é metáfora
Rap é 'pa quem o vive 'Pa quem tem ouvido
Uma vez chega 'pa veres o que eu tenho aqui
E é assim que se abre a semana
Não durmas com esta história, abre a pestana
Tipo o terceiro olho daquela dama que escama
Até te engulo espinhas resumo linhas
Lama no piso em que o bicho chama
Já viste ser diferente?
Se eu pudesse matar alguém
Juro pela minha mãe que eram os DAMA
Era uma vez que eu um dia
Não vos ouvia na rádio
E não ia para o meu bules
Com vontade de comer um balásio
Comer é tipo, básico não se mastiga o garfo
Mas o teu tem sido de plástico
E é assim que se castiga o parvo
Vivi sob um pingo de ácido
Intervalo é birra ou charro
Perco o controlo num estilo clássico
Quando desliza o carro é tiporápido!
O mano nem era do Benfica
Mas torcia todos os dias p'a
Plantar bombas no Marquês
Era uma vez uma história de
Quem chulava um povo
E o mesmo não teve memória
P'a puder contar de novo ouve
Era uma vez já vão duas, já vão três
Nunca paras
Acabas sempre por voltar ao começo
E eu conheço-me suficientemente
P'a saber o preço do meu Ser, do meu verso
Entra dentro do complexo
Eu confesso que o que eu penso me enlouquece
Eu não peço
Mas o que acontece é: o Diabo aparece
Mil histórias do inferno perdido de mim
Só me encontro num deserto
Acompanhado do meu caderno
Queres acompanhar com o teu?
És zero a comparar com quem merece
Eu não me esqueço de quem não se esquece
E nunca é por interesse, mano
É isto que eu quero pôr impresso
Era uma vez e nunca mais me vês
Ou talvez até regresse
Só p'a morrer outra vez porque me apetece
Era uma vez uma história de
Quem nunca quis fazer parte
Da defesa da Humanidade
Então só jogou ao ataque
Sentada nesse parque sem nada, nem sotaque
A gozar com esses dreads que
Fazem figura de parvo
Quem se acha fraco acaba nesse gangue
Com uma cara tão bonita mesmo
Com um nariz tão grande
Em prol dos caras que os ajeitam
Com paredes que têm ouvidos p'a
Gritos que só as emprenham
Eu vim 'pa ver a extinção dessa tua espécie
E tu tão "proud of yourself" agarrado
A esse pau de selfie com essa moral de Guru
Olha bem para o teu público
Eu acho que já nem és único
Agora tu só és súbdito
Era uma vez a terra onde a ignorância é cega
Mas onde quem pisa bananas não escorrega
Vai à guerra
Chafurda nessa merda, abre a boca baleia
Mas se tudo tem um preço, ao menos regateia
Barriga cheia
E é assim que esta história termina