Parteum, Joana Brito - A Moral Provisória letra (lyrics)
[Parteum, Joana Brito - A Moral Provisória letra lyrics]
Finjo ser ateu pra regular quem se perdeu
Na mesma busca que eu, na mesma busca do eu
Na fila da escola maternal, jardim e pré
A maçã da professora que chega pra aula a pé
Brincando de ser rico lembra
A banco imobiliário
E quando fiz 15, eu passei a ser bancário
Já vi dinheiro grande
Mais ou menos e trocado
Quem você acha que banca
Meu raciocínio quebrado?
Separe-me dos ímpios invejosos e
Perdidos em geral
Quem odeia no escuro, na luz enxerga mal
Discordo de Schopenhauer
Escrevo pra alfaiates, sapateiro e domésticas
Parece complicado, mas depende
Quando enfrento mentes céticas desarmo-me
Da lógica comum
Desmonto um a um, cada enigma
Desesperador, sublime como a
Dor de envelhecer o que mais posso dizer se
Não enfrente seus demônios? Colecione sonhos
Respeite seus hormônios grite se quiser
Concorde se puder ame mais que uma mulher
Mantenha intacta a imagem do seu amor
De verão da garota da escola
Que você nunca teve coragem de
Chamar pra sair mesmo que
Hoje ela esteja no terceiro casamento e
Você tenha achado a esposa
Ideal não existe razão pra essas
Memórias deixarem de existir
Três capítulos depois perambulando pela sala
Num copo, a sopa rala que eu mesmo fiz
Sempre quis dizer mais o
Que as linhas permitiam
Metade dos que dizem me
Entender já se perdiam
Antes mesmo do primeiro tempo, corta
Vire a câmera pro time adversário
Que reclama sem sequer sair
Do banco pra jogar
E quando eu prosperar vão me dizer
Que tudo é válido na guerra
Isso não me desespera
O mundo permanece como é
Inundo meu ser com quase tudo que não é real
Vendaval de letras que circundam cada passo
Venda sobre os olhos de quem
Quer me por no laço
Boi brabo! Não trago! Não fumo!
Meu rap é outro rumo
Mas comparam-me com cada perdedor
Desculpe-me sinhô, mas acabou a brincadeira
Isso é terapia intensa pra
Quem vive na fogueira
Mantenha intacta as imagens da sua
Primeira gravação do seu
Primeiro teclado do primeiro show
Dos microfone apitando não
Existe razão para essas memórias
Deixarem de existir não
Existe razão pra essas memórias
Deixarem de existir