Rodrigo Ogi, Espião, Munhoz - Monstro Gigante letra (lyrics)

[Rodrigo Ogi, Espião, Munhoz - Monstro Gigante letra lyrics]

Cidade grande (cidade grande)
Monstro gigante (monstro gigante)
Nesse instante

Ogi, Munhoz, Espião monstro gigante

A cidade não para, a cidade só cresce
O trânsito trava, aumenta o estresse
E o monstro parece de prédio, ruas, viadutos
Que devora tudo
Mas, se correr, o bicho pega e, se ficar
O bicho come
Nessa cidade, de santo, é só o nome
São Paulo é cruel

O esgoto suja o rio, o prédio arranha o céu
A fumaça faz o véu que deixa tudo acinzentado
E eu tô no meio desse caos organizado
Muro pichado, vidro quebrado, busão lotado
Gente pra todo lado
E todo mundo quer um pedaço desse bolo cinza
Huh pra conseguir tem que ser ninja

Cidade grande, monstro gigante
A partir desse instante (nesse instante)
Espião e Ogi no seu alto-falante

Ahh, do meu tempo de menino, muito já mudou
Uma selva de cimento desabrochou
Poderoso colossal de concreto e de metal
Olho pro céu e vejo monstros
A saliva cai da sua enorme boca
E transborda quando o esgoto desemboca
Minha paciência, infelizmente, já é pouca

E essa fumaça me sufoca do Sacomã ao Butantã
Bem no meio da fúria do titã
É que o monstro te agarra, mastiga e catarra
Imprime a rotina de tan tan
Mas não deixo cair a peteca
Esse monstro cruel não me breca
Pois eu sou doutrinado, malandro escolado
Sou duro na queda

Cidade grande, monstro gigante
Nesse instante (a partir desse instante)
Apresento Munhoz no seu alto-falante

Planeta Terra, lado sul, metrópole decadente
Os prédios é monstro, pleno século XXI
Começa a guerra, ele logo mostra os dentes
Combater a fera não é pra guerreiro comum
Cidade que não acaba, monstro que não tem fim
No caminhar, eu mostro o que eu quero pra mim

Criatura onipresente de concreto e asfalto
Ultraman não duraria nem um único assalto
Castigando cada um de um jeito diferente
Ele é enorme e se alimenta de gente
E de seus sonhos, sua cobiça por cifrões

E sem hesitar, as alimenta de ilusões
Mas quem é ligeiro percebe essa estratégia
E vê que o monstro é como a vitória-régia
Que floresce à noite com sua beleza sutil
E, sob a luz da lua
Se demonstra menos hostil

Cidade grande, monstro gigante
Nesse instante

São Paulo capital, é o rap, há!
Bem-vindo às crônicas da cidade cinza, rá
Bem-vindo às crônicas da cidade cinza

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