Rui Veloso - Irmãos de Sangue letra (lyrics)

[Rui Veloso - Irmãos de Sangue letra lyrics]

Ai as tardes nas matas a folhagem por tapete
Tocando tamborim em latas
E a boca a fazer trompete

Subir pinheiro bela arte
Pintar o índio na cara
Meia rota de estandarte
A flamejar na ponta de uma vara

Ai esse tempo quando o tempo era largo
Madressilva figo verde
E ai que doce o verde amargo
Correr solto nos velados
Ser tão ágil como o gamo
Ver a salamandra ao sol
E o pardal de ramo em ramo

Eu sou comanche meio apache
Ele navajo e tu moicana
Faço a canoa e pesco o peixe
Tu és o lume da cabana



Pega nessa faca e faz um golpe
Põe o teu sangue no meu a jorrar
Eu juro trazer o escape
De quem roubar o sol do teu olhar

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