Tribo da Periferia - Amnésia letra (lyrics)
[Tribo da Periferia - Amnésia letra lyrics]
Atenção do sofredor menos pedra mais amor
Menos guerra mais valor menos um
Mais uma mãe que chorou e mais uma
Vez cravada A guerra que ninguém declarou
Porque tem que ser com alguém do
Lugar de onde eu sou?
Que usa camisa do time que
Eu também sou torcedor
Me lembro, arrastou revolver mirou
Olhou pra mim se calou e atirou
Essa é minha selva de
Pedra, minha batalha diária
Eu e minha farda de guerra
Mais um moleque formado, nas ruas da favela
Que faz engrandecer o meu
Orgulho perante a ela
Daqui só saio pra cela, polícia me quer
Mas não vou deixar de sequela
Uma medalha pro gambé
Eles querem ver minha morte
Ver minha mãe chorar
Mas vou dar teor na história
Pros meus filhos contar
Diga-me algo que eu não sei
Você quer ver o mundão bom
Então busque sua ilusão aplaude moleque na
Rua com os pés no chão
Vai faça feliz quem convém o seu coração pra
Ver o negro Baleado com algemas na mão
Sem perdão aumenta a pulsação e ainda a ação
Me encontra a cada dia bem
Mais perto da prisão
Em meio à multidão eu e minha solidão
Cega invulnerável frágil de arma na mão
É isso que a rua ensina ter coragem
Pra enfrentar a vida de forma assassina
Eu queria outro clima refletir outra imagem
Fazer outra homenagem cantar outra mensagem
Mas já pensou nós no píer de golfe sapão
De whisky e condição pra pagar de ladrão
Sair de casa sem lembrar
De oração ter certeza
Que isso tudo não é só ilusão
Diga-me algo que eu não sei
Você quer ver o mundão bom
Então finja que é miragem
Olhar pra rua e ver todo dia a mesma imagem
O mesmo sonho, o mesmo assunto
A mesma malandragem o mesmo que deu tiro é o
Mesmo que morreu no Cage
Ainda cê quer que eu me cale contente
Mesmo com
13 no pente, mesmo com a vida humilhante
Infelizmente
Não posso dar chance ao gerente a
Vida não é o bastante
Eu quero o dinheiro do cofre
Si é que me entende
Enquanto só minha mãe quiser meu bem
Vou vim de forma arrogante buscar as de cem
Eu tô com vários que pensa assim também
De caráter mercenário sem pagar pra ninguém
Um gladiador de passado sofredor
De futuro promissor
Só que nele eu já tô já pensou o que cê falou
Do molequinho que não estudou cujo a
Estrela não brilhou Quem sou, aí
Diga-me algo que eu não sei