Xeg - Gritos letra (lyrics)

[Xeg - Gritos letra lyrics]

Vêm com conversas, promessas
Se tu cais ou tropeças ninguém te vai dar a
Mão por mais que tu peças
E tu pensas: somos peças
Com dispensas em remessas se te despedem
É bom que esqueças boa vida e te despeças
Da despesa supérflua que se
Atravessa no encargo
Realidade é um teatro, sabor da peça é amargo
Literatura mais dura que Eça e Saramago
E a música mais obscura que
Esta que agora trago a vida é cínica
A comida é química e a chuva é ácida!
A еsperança é tímida
A mudança é mínima para que nunca se faça
Guarda o tеu posto de trabalho
Porque hoje de um dia pro outro
Tu podes ser posto no caralho
Isto é o oposto do que sonhámos
O oposto do que se quis
A frustração no nosso rosto é o rosto do país


Acabaram com direitos
Não com tais privilégios
Privatizaram condomínios
Hospitais e colégios
Onde vivem resguardados com tudo
Aquilo que criaram
Com medo que a gente lhes roube
Tudo aquilo que nos roubaram
Achas que venho falar à toa?
Preferem salvar os bancos do
Que salvar as pessoas
E o mal deste mundo, entre cínicos indefesos
É ver muitos presos políticos
E poucos políticos presos

Eu oiço gritos, gritos de terror
Gritos de quem pede ajuda mas
Já sem fé no Senhor
Eu oiço gritos, gritos de sufoco
Gritos que não se ouvem perante
O silêncio dos outros
Eu oiço gritos, gritos de uma criança
Que morreu dentro de nós quando
Nos mataram a esperança
Eu oiço gritos, gritos de exaustão
De quem se escondeu na vida
Atrás de uma côdea de pão

Desde a segunda grande guerra
Hitler e Stalin himmler e Mussolini
Ninguém evita o extermínio
Do verão quente à guerra fria, do KGB à CIA
Da primavera árabe ao que se vê hoje na Síria
Do comunismo ao consumismo
Ao extermínio das almas
Ao fascismo, ao fanatismo
Ao fascínio por armas capitalismo selvagem
Crise dos bancos alimentada
Por sementes da Monsanto
Geneticamente alteradas
Vejo o desgosto despejado de quem
Não pagou a renda
Mas que a gente nunca se renda
Aprenda e lute e tira a venda dos olhos
Que te puseram para lá ires colocar os votos
Se não pensares
Trabalhares e só pagares impostos
Alimenta mais os teus esforços
Já que aquilo que comemos
Tem sempre mais antibióticos
E venenos que nutrientes
Matam nos cheios de poluentes
Oceanos de plástico retratam o meio ambiente
Do vírus da sida, toxinas e pesticidas
Às mentiras difundidas e vacinas proibidas
Do covid, com medidas preventivas repressivas
Às verdades que foram esquecidas
E omitidas p'los media
Hoje eu canto num pântano de
Vidas feridas e tragédias
Onde se plantam mentes frígidas
E comidas transgénicas
Há um jogo de máscaras
Escondidas nesta fase pandémica
Não há defesas pra estas
Vidas obstruídas por glicémia

Eu oiço gritos, gritos de terror
Gritos de quem pede ajuda mas
Já sem fé no Senhor
Eu oiço gritos, gritos de sufoco
Gritos que não se ouvem perante
O silêncio dos outros
Eu oiço gritos, gritos de uma criança
Que morreu dentro de nós quando
Nos mataram a esperança
Eu oiço gritos, gritos de exaustão
De quem se escondeu na vida
Atrás de uma côdea de pão

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