Falatuzetrê, PrimeiraMente - Mundão letra (lyrics)
[Falatuzetrê, PrimeiraMente - Mundão letra lyrics]
Já é tarde na favela e a visão turva
Tricolores armados naquela curva
Òh, a brisa esquece ela, mas só desce vela
É que nela tá o alívio pra essa chuva
E o frio matou e o sol
Secou toda água que ainda tinha
Cotidiano das criança em meio a quem vende
Quem usa é que não há diferença pra aquele
Que rouba você com desvios
Pro muleque assustado com uma
Quadrada debaixo blusa
Nem ativista, socialista, anarquista
Essas fita mas eu não vou sair da escola
Como robô sendo uma isca
Risca essas fita tudo
Pois há bandidos e bandidos
De vários pontos de vista
Personalidade própria e respeito
A rua ensina dos tempos que vinho era
Combustível pra umas rimas
Freestyle! Um salve a todas
Batalha de cada esquina
Contra a política que julga conteúdo
Disciplina
Acharam um culpado, tarde de sábado
Pra rua um soldado e
Pras estatísticas mais um
Ho! Pra onde vou? Estados malucos
Um mal comum
Na terra onde o lucro se instalou
Mas em meio a isso eu sei quem sou
Nos contratos, fatos, contatos
Fracos a vez chegou
Pois não acho que a minha
Mãe merece essas filas
E essas contas excessivas em uma
Vida em que tanto lutou
Declaro o início do corte nos corruptos
Seja bem-vindo a mais um rap
Escrito em transporte público
Contra falsos no púlpito
Vou quente no asfalto
Só sou ladrão porque tomo
Sua mente de assalto
E não por roubar o que tem no seu leal cofre
Se só possui dinheiro, o nobre é o real pobre
Sou o achado das vidas perdidas
Coeso, odeio papo de 1 peso e 2 medidas
A palavra aqui não faz curva
Distanciado do errado
Portanto essa vai de lambuja
Única lavagem de dinheiro que eu fiz
Foi quando esqueci 2 reais no
Bolso da minha calça suja
Eu tô cheio desses coração vazio
Tô cheio de ver expressão do
Que nunca se sentiu
Essa é pra aquele motorista cuzão que
Me olhou com skate na mão
E fechou a porta do busão
E fingiu que não viu
(Filha da puta! Filho da puta
Ah, mano, essas idéia memo, Treeze
Dor de barriga não dá uma vez só não, certo?
Com certeza, mano abre o olho, haha
Vai, essas idéia!)
E mesmo assim a gente espalha amor
Menos se canalha for
Não repara a cor, de rap sou fazedor
Nenhuma falha dou
Na real, sou trabalhador que trabalha a dor
Olhando o caos de perto
Eu tento me distanciar
De tudo aquilo que só me persegue
A mente dá lag não sabe jogar
Onde quem serve pra matar: vira
Delegado e ainda é aplaudido
E quem serve pra ensinar: deixado
De lado e não reconhecido!
Eu acredito que tudo vai mudar
Então não fico triste se hoje
O jogo não virar
Embora o tempo vai embora sempre
É hora de mudar não chora
Espera fauna e flora um novo dia vai chegar
Eu vivo onde porcos ditam regra e
Tem pedra em todo lugar
Em cada esquina um ponto de venda
E os loco que quer comprar
Lucrar é o que importa na horta capitalista
Mas eu tô fora da lista
Não vou me contaminar
O tempo mostra a real que te faz acordar
Enquanto o homem cai do céu
As aves só querem voar
E tá perto de Deus não é tá em nenhuma seita
Então vai acende as vela que
Minha oração tá feita
Acharam um culpado, tarde de sábado
Pra rua um soldado e
Pras estatísticas mais um
Ho! Pra onde vou? Estados malucos
Um mal comum
Na terra onde o lucro se instalou
Mas em meio a isso eu sei quem sou
Nos contratos, fatos, contatos
Fracos a vez chegou
Pois não acho que a minha
Mãe merece essas filas
E essas contas excessivas em uma
Vida em que tanto lutou