Karol Kolombiana, Eduardo Taddeo - Auto Sabotagem letra (lyrics)

[Karol Kolombiana, Eduardo Taddeo - Auto Sabotagem letra lyrics]

É uma guerra, não pode vacilar
Não pode nem pensar, se autossabotar
Coragem, guerreiro e guerreira
Malandro, não marca bobeira na pista
No filme da vida bandida o
Sistema atua como roteirista
Nessa que você pisca e já vira isca
Liberdade é família
O tesouro que você arrisca
(E tem problemas demais
E tem momento sem paz onde as lágrimas caem
Se sente incapaz) a fúria com que o mundo
Trata os fracos não ameniza
E o que te deu a brisa depois te inferniza
Com dívidas a pagar, sem saber se encontrar
Na cocaína da rua ou lá na porta do bar
Por todo arrependimento, pelo sofrimento
Você tá ligado
Tá foda vencer careta, pior tá vencer drogado
Eu não condeno o que homem faz
Para ganhar o seu dinheiro calo aberto
Sombra da fome persegue o tempo inteiro
Estamos competindo para ver quem é pior
Quem é mais frio, mas tudo isso acaba em pó
Podemos colorir a vida com sonhos e atitudes
Podemos mais, fazer com que isso mude
Então, estude, a selva é rude
Se a gente não escuta ninguém também
Não há quem nos escute
Então, escute! Não deixa no mute!
Ideia reta, então que se desfrute

Dá pra contar nos dedos
Quem é, quem é, quem é, quem é
Que pensa que o futuro vai dar pé
Também além dos muros dessa fé

Dá pra contar nos dedos
Quem é, quem é, quem é, quem é
Que pensa que o futuro vai dar pé
Também além dos muros dessa fé

A cor do rival tá na
Frente do Palácio do governo
Apoiando a farda que aniquila jovem
Pobre e preto
É tão psicopata que na reconstituição
Bate palmas para corporação que
Põe Ítalos no caixão
A legião de Bolsonaro vomita ódio racial
Na TV, na Câmara, na rede social
Tão atirando com arma de
Chumbinho nesse momento
Nos imigrantes do Haiti abrigados no centro
O foco não pode ser Spring, Blade
Carro tunado e sim um país que não
Jogue algemado de telhados
Não esqueça os massacrados na Pavilhão 9
Os 100 tiros no Costa Barros
Que mataram 5 jovens
Quero justiça pelos 19 em Osasco, na chacina
Por Cabula, Mogi, Campinas, Guarulhos
Londrina chega de assassino preso pra
Secretário dar resposta
E solto um mês depois por falta de provas
No máximo pena cenográfica
Se o júri não absorver
E vários recursos em liberdade
Até o crime prescrever
Põe a camisa da Seleção capitalista esnobe
Quando vararem a blindagem da sua Evoque
Pede a volta da ditadura
Que sumia com guerrilheiro
Quando tiverem levantando seus
Bens no cativeiro
Faço atentando, mas não sou lobo solitário
Minha ideologia é a mesma de
Milhões de irmãos de calvário
Aí, Abin, não ataco de drone com explosivo
Uma Bic, um caderno, é meu kit terrorismo
Cada excluído que aproximo de um livro
É como se decepasse um tirano
E gravasse em vídeo
Favelado, não se sabote para não
Ser outro no DP
Rezando pra uma vítima não te reconhecer
Pra sua família não ser humilhada
Por um filho da puta que limpa o cu com seu
Processo na Defensoria Pública

Dá pra contar nos dedos
Quem é, quem é, quem é, quem é
Que pensa que o futuro vai dar pé
Também além dos muros dessa fé

Dá pra contar nos dedos
Quem é, quem é, quem é, quem é
Que pensa que o futuro vai dar pé
Também além dos muros dessa fé

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