Primeiro Ato, Eduardo Taddeo - Tentações Parte 2 letra (lyrics)

E aí, Eduardo, tá suave? Pô, daora, mano
A gente veio pessoalmente pra
Desenrolar aquelas ideias
Que nós tava desenrolando que o bagulho
Tá meio desandado
E a gente queria uma visão d'um
Cara de respeito que
Nem você que a gente segue a doutrina
Acredita de verdade
Fico feliz aí que você tenha mano
Daora se cê colar nas ideia
Pra eu poder somar de alguma forma
Mas, aí, Primeiro Ato sempre foi revolução
Mano
Nós sempre tivemos numa guerra nessa porra
É a polícia contra nós
Elite contra nós, mano
A política contra nós Faz uma
Pesquisa na tua quebrada
Vê quantos irmãos seus
Quantos manos de quebrada morreram
Na mão da polícia quantos tem diploma
Quantos tem uma situação daora
Pesquisa na tua quebrada
Observa quantas bibliotecas tem e
Olha quantos bares tem
E um dos versos da música eu
Falo "há mais de 500 anos
O favelado é alvo vivo"
Tem muito mano que, ainda, infelizmente
Não acredita que a gente tem inimigo
A gente sabe que a gente cai em tentação
Tentação tem pra gente todo dia
Basta você escolher o caminho
Que você quer seguir
E os boy tomando conta de tudo
E se achando dono de tudo
Em nenhum lugar do mundo, se mata 65
Mil pessoas e, dessas 65 mil pessoas
70% negro "O afrodescendente mais leve lá
Pesava sete arrobas"
Nessa situação precária, de carência
Justamente porque não reconheceu o poder
Que a favela tem
A elite dominando, o governo genocida
Tudo acontecendo e nós cada vez mais calado
Tão calando nossa boca aos poucos, mano
Porque o cara do outro lado
Aquele cara que ouve a gente
Que tem uma expectativa
Ele precisa entender que a
Gente tá fechado, sim, mano
A gente tá por amor no bagulho
Não é dinheiro, não é emoção, não é Ibope
A gente quer mudança
A gente quer que ele sobreviva
Uma direita que é genocida, que é fascista
"Quando muito
Acometido de uma gripezinha ou resfriadinho"
Uma direita que não tem problema nenhuma
Em difundir seu preconceito racial
Difundir todo seu ódio contra a periferia
E, mesmo assim
É aceita por uma parte da periferia
Nas escolas públicas ou particulares, se eles
Falam sobre a história africana
Se eles contam a história do negro
No Brasil de uma forma honrosa
(Tinha um muro assim que tava escrito
Assim: "Quantos pobres faz um rico?")
Foda-se se nós vamos ser preso, se no final
Nós vamos morrer na mão da polícia
Até porque esse aí é um direito nosso
Eduardo é a nossa legítima defesa
A gente não tá pedindo nada então, por isso
A importância de jamais desanimar
Tem que acreditar até o fim porque, mano
Cada vida salva nos salvamos o mundo
Ô, Eduardo, sem palavra, mano
(Eu que agradeço de coração, tá, mano)
Tamo junto sempre mano, é isso, revolução
É nóis, tamo junto, valeu

A favela aqui venceu, nós é zika na caneta
É o encontro dos vida loka, e de bombeta
Quem com ferro fere, com ferro é ferido
Vou dando esse toque pra você não ser iludido
Um sorriso em meio a guerra é dizer
"Minha música salvou várias mentes na deprê"
Desacredita, não, quero tudo que sonhei
E a mensagem na rua: "nunca subestime um rei"
Vai, puxa, acende, enrola um baseado
Um trago nesse som, esse beat é pesado
Sem desmerecer, conquisto o meu espaço
Aham, só eu que sei das dores do palhaço
Sou lado Norte, continuo a compor
É tinta na caneta que escrevo a minha dor
O trio pesadão que faz rap por amor
#PrimeiroAto, seja onde for
Tentações tem de monte, o mal e o bem
Tentações aniquila e deixa muitos de refém
O hip hop que salvou a minha vida
(Sabe, por quê?) Essa é missão
E não tenho mais saída
Se é papo reto, nós não deixa pra depois
Escolha seu caminho, "Tentações" parte 2

Vai, puxa, acende, enrola o baseado
Tiro o pino, explode caixa
Armamento é pesado ô, Gordinho, tá chapando?
Que foi?
Essa é a Tentações parte 1, canta a 2, mano
Ah, entendi, não é essa daí, não
Não, não, é a parte 2, mano
Ah, tá, então vou ter que fazer de novo, né?
Faz de novo, vou voltar aqui
Agora que eu ouvi seu retorno pokas
Já sei como é que eu vou fazer
Volta aí, volta aí, volta aí

No clique-claque
Mó chavão e os bico se incomoda
Eu mesmo forgadão, o Gordinho
É o certo, é o corre, sem dar falha, né
Meu truta
Eu só no sapatin e na rua mó postura
E os bico se ataca, a vitória incomoda
A favela venceu, os moleque desenrola
Pera lá, 'cê tá em choque?
Não arrasta na quebrada, fãozão de RoboCop
Mete marcha nos robô e deixa nós quieto
Vai, cuzão, pega o rumo, que aqui é papo reto
Longe dos pilantra, dos papo de perreco
Nós mira objetivo, visando os progresso
Três corpos, três almas, vários job
Várias luta
Estúdio, ideia, vários shows e postura
Mil manos, dez tombo
Pra resolver várias fita
Nós voa tipo Fênix e renasce das cinza
Nós é ruim, tá firmão, pro seu desespero
Nós é unha, nós é carne
Pra família e os verdadeiro
"Hã, mas pera lá, pra vocês tá firmão
Cola com os moço que tem boa educação"
Tá errado
Esqueceu? É os Bin Laden de bombeta
Desenrola na caneta, pro sistema é mó treta
Aqui vai memo, serpente dá o bote
Só vai bebe Chandon quem dividiu os corote
Que passou veneno e não deixou desistir
Que fez recomeçar quando achei que era o fim
Nosso sentimento, a música expressa
Nós é mosca na sopa, já dizia o poeta
Você mata um, vem outro te cobrar
É um enxame, é a zika, nem sei como explicar

Vai, puxa, acende, enrola o baseado
A tentação está em todo lugar
(lugar, lugar, lugar)
É tipo formiga, é um enxame, é a zika
Ten-tetações, tentações
Vai, puxa, acende, enrola o baseado
A tentação está em todo lugar
(lugar, lugar, lugar)
É tipo formiga, é um enxame, é a zika
Ten-tetações, tentações
É difícil espalhar a paz
Vejo vários bicho solto
É difícil espalhar a paz
Vejo vários bicho solto
É difícil espalhar a paz
Vejo vários bicho solto eu acho é pouco