Atentado Napalm, Victor Xamã - Vidas e Vindas letra (lyrics)

[Atentado Napalm, Victor Xamã - Vidas e Vindas letra lyrics]

O rap é o meu mundo e
O mundo filho é uma escola
E a cada letra que eu escrevo
É uma lição de vida
Busquei outras saídas, bro
Só encontrei mais portas
Saí da minha comporta com uma
Passagem só de ida peguei os meus calçados
Fui buscar outras calçadas
E aprendi falar uma língua
Que se chama poesia
Remei com minhas canelas
Naveguei com minha galera
Atravessei "os sete bares" tô
Curtindo a maresia
Joguei minhas únicas moedas
Na fonte de todos meus desejos
Não nasci para obedecer regras
E nem leis que são feitas por leigos
Dividiram nossa consciência
Mas somos um só elemento


Coração de barro, com fogo no olhar
Eu tenho a cor da água e o peso do vento

Vou sem portar uma AK carona em um Ford Ka
Tem quem só poste K felicidade tá
Bebendo vodka veneno é a lógica
Tem que ser forte pra verdade suportar
Vou sem portar uma AK carona em um Ford Ka
Tem quem só poste K felicidade tá
Bebendo vodka veneno é a lógica
Tem que ser forte pra verdade suportar

Me apeguei demais
Aos sentimentos mais mundanos
Dessa rápida viagem
Passagem curta que conflita
Com meus longos planos pela metade
Tudo é perspectiva
Fiz o entardecer na folha em
Branco com a tinta acrílica
A estrada reta bifurca e nessas perigosas
Curvas hei de me encontrar
Coleciono na bagagem, porém
Chances de me ausentar
Vida secular na minha visão mais singular
Não havendo amor nas escolhas
O tempo vai te sufocar
Sonho ver a felicidade sem filtro
Dedos no vermelho filtro
Nos entrelaçaremos como fios de alta tensão
Sinto
Atrasaram tanto nosso encontro, não minto
Meu medo é quando você estiver vindo
Eu estar indo e tudo ter sido só isso

Eu naveguei num mar de lágrimas
Meu ódio me fez andar sobre as
Águas num mar de magma
Já me afoguei em doses de soluções ácidas
Não dei ouvido a vozes
Com afirmações de máximas
Não voltarei das cinzas por me cremarem
Se não enterrarem mais corpos
Deixem os corvos se alimentarem
Lendo o livro dos mortos
Pra quando eu morrer ver o livro da vida
Isso é budismo do Tibet com
A Santa Sé suicida
Um pouco dos dois, cada um à sua maneira
Certo e errado ao mesmo tempo
Porque o próprio tempo é noção passageira
Ação rotineira, nos tornamos seres ausentes
Frequentamos espaços vazios
Pra que essa frequência se torne frequente

Vou sem portar uma AK carona em um Ford Ka
Tem quem só poste K felicidade tá
Bebendo vodka veneno é a lógica
Tem que ser forte pra verdade suportar
Vou sem portar uma AK carona em um Ford Ka
Tem quem só poste K felicidade tá
Bebendo vodka veneno é a lógica
Tem que ser forte pra verdade suportar

Qual é a finalidade da vida?
Seja eu bondoso ou malévolo
Partirei do mesmo modo
Se parto, vou pra algum lugar ou fico?
Se fico, em quem fico?
Essas questões movem a arte, a filosofia
A ciência e a religião

Das profundezas do vulcão mais
Ativo desse planeta
Surge o MC que faz da caneta a Beretta
Com o beat eu faço amor, Canguru Perneta, êta
Nem o Luo imaginou a treta
Eu já chorei pelos meus poros
Depois sangrei pelos meus olhos
Colei com Um Barril de Rap
Agora eu quero um de petróleo
Só falsidade onde eu olho
Não me misturo, é água e óleo
Eu tenho o necessário pra fazer cada
Otário perder a cabeça igual Pretorius
Pelo sofrimento de nossos avós travamos
Uma batalha não prevista pelo Nostradamus
E com a voz tratamos
Só dos assuntos relevantes
Sei que ficará pra sempre o que nós gravamos

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