Black Alien, Speed, Rica Amabis - Vozes da Seca letra (lyrics)

[Black Alien, Speed, Rica Amabis - Vozes da Seca letra lyrics]

Eu tô com os nordestinos
Tenho muita gratidão
Pelo auxílio dos sulistas nessa
Seca do sertão
Mas não dou uma esmola a um homem que é são
Ou lhe mata de vergonha, ou vicia o cidadão

Mergulhe comigo, me siga no raggamuffin
Me deixe falar a verdade
Enfim no raggamuffin mais transante da cidade
Black Alien e Speed, DJ Castro e o Rica
Homenagem a Gonzagão
Mas que responsabilidade
O rap e o forró, baião e jungle num só
Deixa nego na poeira, deixa nego na saudade
De sol a sol, de sol a sol
Queimando até a cinza na
Fogueira das vaidades
Troféu no hall, e ocê deixa autoridade
É seu dever dar de comer a dignidade
A terra dos porta vozes


Em estado de calamidade
Original rude, Faroeste Caboclo style

Aqui tá os nossos filhos
O poder que quer colocar nos trilhos
Vidas se estragando como milho
Ensinos, crianças, vermes e bacilos, e vírus
Se alimentando da poeira aglomerada
Na rachada em blocos
Deixando a amostra o que
Foram raízes das diretrizes
A umidade entra pelos narizes
Retarda a morte, camufla a crise, o crime
A merce dos gordos de terno e gravata
Inchados de uísque
Bebericando seu Dry Martini
Fervores e crânios, brinquedos macabros
Miragens de Gerânios
Enganam os olhos do povo de Speed
Mulecada se assusta com de tamanha barba
O barulho da pole que avassala
Jogando pra devorar a sopa de água rala
Já basta a gentileza de pensar com
Carinho nos problemas da seca
Onde quer que esteja há mortos e feridos
Humilhados também fazem parte desse peleja

Eu tô com os nordestinos
Que têm muita gratidão
Pelo auxílio do sulista nessa seca do sertão
Mas não dou uma esmola a um homem que é são
Ou lhe mata de vergonha, ou vicia o cidadão
E é por isso que pedimos proteção a vosmecê
Homem por nós escolhido para
As rédias do poder
Pois, doutor, dos 20 estados
Temos 8 sem chover veja bem
Quase a metade do Brasil tá sem comer
Dê serviço ao nosso povo
Encha os rios de barragem
Dê comida pro sertão, e não esqueça da cidade
E assim nossa escola e no fim não existe
E pagando até os juros
Sem gastar nossa coragem
Se o doutor fizer assim
Salve um pouco do sertão
Manda um pedaço pra mim da riqueza da nação
Nunca mais trouxesse seca
Vira tudo nesse chão
Vamos ver nosso destino que cê
Tem na vossa mão

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