Chek1 - Episódio 3 - Madrugada letra (lyrics)

[Chek1 - Episódio 3 - Madrugada letra lyrics]

Nada se ouvia para além do calmo som
Do rio que corria sob a ponte
Pouco passava da uma da matina
Quando os seus passos quebraram o silêncio
Devido a algumas quezílias com a sua
Mãe, Dário, um farrapo sem emenda
Entraria sorrateiramente em casa após dois
Dias a vaguear por
Burlena com o seu fiel grupo de amigos

Entrei no prédio num silêncio lasso
Ponderando cada passo
Tirei as botas e entrei descalço
Caminhei num movimento raso
Peguei num cigarro
Pousei o maço Acendi o meu cansaço
Deitei-me no sofá e quando o faço, de repente
É como se algo me intrigasse
Dobrei o pescoço numa visão
E vi o que era um ponto de interrogação
Que acima da minha cabeça aparecia


Desenhado dentro dum balão
Mirei aquilo numa contemplação que me retém
Significava que eu estava intrigado
Foco na pergunta que o balão
Contém E no significado
Um cheiro estranho pairava no espaço
Sugeria-me uma boa sensação
Segui-o levemente sem ousar nenhum percalço
Que acordasse a minha Mãe
Levou-me pelo corredor adentro
Embalado já naquela maravilha que se revela
Aproximei-me do quarto dela
Porque é de lá que vem
Encostei-me à porta, fiz um pequeno ruído
Mas nada disso importa enquanto
Me sinto preenchido
Por partículas que voam à minha volta
Abri-a sem fazer barulho
Cuidadosamente Envolvido naquilo que
Era a melhor coisa que eu já tinha sentido
E deixei-me ser levado pela magia do momento

Mãe? Mãe? Não! Não!
Não, tu não podes ter feito isto
Quem me vai dar dinheiro para ir ao "Bifes"?
Quem me vai fazer o meu almoço?
Quem fingirá amar-me como finges?
Quem se matará por mim por um desgosto?
Não compreendo, nós éramos tão felizes

Ela 'tava inerte friamente, puxei o cobertor
Tapei a minha culpa ao mesmo tempo
Mas eu queria usufruir daquela dor
Destapei-a de novo Tinha os olhos abertos
Sorridente, olhei o presente que o
Universo compôs à minha frente
Deixei-me invadir pelo odor e abracei
O corpo imóvel e gelado
No móvel, uma carta que não li
Permaneci deitado
E durante um bocado fechei os nossos olhos
E deixei-me ficar ali na
Parcial inexistência que experienciava
Que se intensificava ao longo da noite mais
Estrelada que eu alguma vez vi
Sugava toda a energia que lá havia
Sem pôr em questão nenhuma via
Eu engoli pedaços dela
Eu ingeri os braços, as canelas, os joelhos
A bacia devorei o tronco após a barriga
Aos poucos subi pelo pescoço acima
Nada sobraria além do ossos, dentes e cabelos
Antes do nascer do dia

Mãe? Mãe? Não! Não!
Eu não posso ter feito isto, mãe
Quem me vai dar dinheiro para ir ao "Bifes"?
Quem me vai fazer o meu almoço?
Quem fingirá amar-me como finges?
Quem se matará por mim por um desgosto?
Não compreendo, nós éramos tão felizes

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