Chullage, AKpella47 - Da Hype" letra (lyrics)

[Chullage, AKpella47 - Da Hype" letra lyrics]

Toda a gente diz que tem, espalha
Lidera uma ideologia
Quando no fundo é refém, encalha
Espera uma ideologia
Vinda da boca dum messias
Que nos faça acreditar
Que é preciso aguentar na fome
E votar até melhores dias
Mas uns acumulam milhões
Outros nem uma refeição no dia ideologias
Que falam, falam mas só servem
Pra mobilizar as massas pro
Interesse duma minoria
Que tem o capital, as armas
Energia, tecnologia pra oprimir
Explorar o mundo e mantê-lo
Em constante vigia enquanto fazem razias
Deixam nos migalhas e dividem grandes fatias
Forçam milhões a imigrar ou
Morrer durante as travessias
Pra ir limpar, cozinhar pr'ó Norte
E cuidar das suas crias
Fugidos dos escombros das bombas que
Caem em nome da paz da lei do mercado
A lei do mais forte que faz
Biliões por cima das vidas que desfaz
Com a fome, a doença o desastre ambiental
Com expropriação de agricultores
Por uma multinacional
Que impõe monoculturas ou corre
Atrás dum mineral
Com guerra que beneficia o poder imperial
Que tanto fala de democracia como se
Associa a um poder ditatorial
O lucro circula global
E o sofrimento fica local
O rico circula global o pobre morre no local
O que é a opinião pública senão
A escolha entre uma ou outra opção
Que previamente nos dão
Pela mão de intelectuais
O que são telejornais
Senão, spots publicitários
De acontecimentos e ideais
Verdades em redes sociais
Que nascem de rumores virais
Que defendem guerras
E decidem campanhas eleitorais
E metem nacionais
Com medo, raiva dos demais
Estereotipam nos de marginais
E entopem nos em tribunais
Numa só versão do que são
Os bons e maus da fita
Televisão pastor dum rebanho
Que não pensa só́ imita
Reality shows pro tédio
Da classe o trabalho limita
Pa rir com a vida dos outros
Já que a nossa só nos irrita
Chorar com a desgraça dos outros pensar
Que a nossa é mais bonita
Ver o final feliz da novela
Enquanto o mundo se desmorona
Acreditar na visão que
Nos formata numa poltrona olho fixo
No Netflix enquanto o cérebro ressona
E nunca mais acorda vivemos como bonecos
Que repetem frases e movimentos programados
Quando o sistema nos dá á corda
Os mídia dizem a gente concorda
Entretidos com futilidades
Da realidade não se recorda
Qualquer verdade a gente concorda
E o que é a publicidade
Senão um instrumento opressor
Num regime onde o consumo tornou-se
A lei em vigor
E trocou o estatuto de cidadão
Pelo de consumidor
É a corrente que nos prende
Ao trabalho como único valor
E o que é o trabalho senão
A obrigação de produzir bens
E receber salários para consumir
Esses mesmos bens porque a gente produz
Recebe um salário e paga
A casa, o carro, ginásio, a luz
E gasta o que sobra a comprar
O que a publicidade induz
A felicidade na roupa que se veste
No carro que se conduz
Ao som dos artistas que pregam só é alguém
E vive bem é dono
Dos objectos que nos põem em
Destaque na sucessão de hedion dos
Talent shows da família, a
Escola ao trabalho, é a caça ao dom
Dos próximos Steve Jobs e Ronaldos que
Mostram que isto funciona
Para continuarmos a correr atrás
De cheques redondos
E aí vêm os créditos nos bancos
Com sentenças de 30 anos que nos prendem pra
Vivermos sonhos Americanos
E quem não tem emprego
Espera-se que não sobreviva
Ou os guetos são os aterros
Pró excedente de população ativa
Os que ganham pão na rua
São só mais uns operários
Que não tem mais opção
Senão tirar daqui os salários
Já que a riqueza produzida
Não é́ a riqueza dividida
E a elite ganha a vida
A chupar o sangue de quem ela endivida
Farmácias, tabaqueiras não serão
Traficantes impunes não serão políticos
Ladrões e assassinos imunes
Escolas igrejas não serão
Prisões de neurónios
Que não espantam a injustiça
Porque espantam outros demónios
Noticiam outros demónios
Educam outros demónios
Transformam os piores monstros
Em heróis, homens idóneos já quis
Copiar o que estava no quadro escrito a giz
Já quis
Ler com atenção o que um académico redige
Mas são palavras vazias
Na boca de quem as diz
Que não respondem as perguntas
Que sempre me fiz já quis
Estar informado com estas SIC’s e TVI’s
Já́ quis ser alertado por CNN’s e BBC’s
Mas são palavras de comando
Cada vez menos subtis que escondem a verdade
Que está por baixo do meu nariz já quis
Ser acalmado por Spotify's e MTV’s já quis
Saber o que se passa em
Talent shows e reality's
Palavras falsas e falsetos
Celebridades e perfis que escolhem por ti
Te dizem quando choras quando ris já quis
Votar nos políticos que iam mudar o país
Já quis acreditar nas revoluções
Desses MC’s palavras que eu devia guardar
Como se fossem uma matriz
Mas que não tornaram este mundo
Em meu redor mais feliz

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