Coruja BC1 - Auxílio Emergencial do Rap letra (lyrics)

[Coruja BC1 - Auxílio Emergencial do Rap letra lyrics]

Preciso fazer as pazes com Kurama
Me desconectar do medo pra que
Não vire meu karma
Silencioso como ausência paterna em
Dia dos Pais isso pra mim ainda é gritante
Como barulho das armas

No país que elegeu o capeta
Pra brincar de exorcista
O tempo não parou pra nós, foi tipo taxista
Pensando alto igual hipoteca em Ipanema
E a melhor vista é enxergar além da crista
Da onda dos embalista

Sobrevivi a geladeira como tribo Jabari
Não vendo nada mudar
Tipo controle de TV sem pilha
Pique tetris, conectei as mеlhores barras
Pra fazer meu céu mais azul
Como as corеs de Stanley Williams



Silvio Almeida: pelo direito não direita
Vários na espreita quer os nossos
Morto ou membro de gangue
"Nossa bandeira jamais será vermelha"
E os autores dessa frase
Pintaram ela de sangue

Ainda caneto inspirado em Rakim
Big Daddy Kane
Quero uma casa pra minha mãe o
Dobro que eu quero um Grammy
O dobro que eu quero Ammy, um Oscar, um BET
Cannes, Miaw MTV

Olhares colocam os nossos no banco dos réus
Agências pagam milhares pra
Brancas postarem Reels esquecem do gueto
Na publicidade que eu lembro
Essa amnésia só acaba quando chega
O mês de novembro

Todos mares de lágrimas que me afoguei
Me ensinaram a ser mais profundo
E se desapegar do raso
Aprendi a enxergar melhor tipo Iruka Sensei
Sem distrações com outros jardins e mais
Cuidado com meu próprio vaso

Eu vi a minha rua de terra virar asfalto
É o coração de algumas
Pessoas virarem concreto
Cidade de pedra, construíram muros
No meio da ponte que ligava
Empatia com e afeto

Eu vi uma arma antes de conhecer um versículo
Um corpo baleado antes de aprender a ler
Uns 20 "não" ao entregar o primeiro currículo
Sobre sua opinião: vai se foder ela e você!

Tô cheio disso, como a Sé em plena a pandemia
Minha bic em forma, ritmo e poesia!
Ser astro é pouco
Quero ser o sol do meio-dia
Impossível não sentir o calor
Da minha energia

Esses rappers fracos me lembram, iPod em 2006
Mais daqui 1 mês perderão o valor, é claro!
Já nós? É vinil em 86
Era barato e ao passar do tempo
Foi ficando raro e caro

Rima cirúrgica, em plena operação
Trazendo fôlego pra cena que
Anda sem respiração
Quem antes de da COVID usava máscara
Não precisa revelar agora que você é cuzão!

Stephan Curry, de longe eu acerto alvo
Cuidem do Fred
Pros negócios se manter a salvo
Brasil em um loop temporal
De Odorico Paraguaçu
Sem perceber jogando dardos na
Própria testa de alvo

Até parece que tomei um doce (luzes)
Essas mudanças na minha vida
Me deixa deixa excitado
Mas dessa vez não vou fuder com tudo
Vivo essa chance como fosse a última
Pussy ao eu ter penetrado

Suas falas tem veneno ala Sonserina
Preciso de um puxa-saco
Como uma pedra na urina
Se não acredita em Deus
Por que escuta minhas rima?
Se quer acredita em Deus
Então escute minhas rima!

Minha palavra é uma oração
Meu amém é chama boombap
As ruas falam com nós
Não precisamos de palanque
Esperar que eu abandone o Rap é mesmo que
Espera um show do Ferrugem no Afro Punk

Vários culpam o diabo, eu fugi do inferno
Vendo quem se faz de santo tenta me queimar
Doana Bovor, ceis podem brinca de Eternos
Se o mundo fornece a corda
Você escala ou vai se enforca?

Quebrem-se os grilhões, nós queremos grillz
Nossas contas com milhões
E eu nem falo views tá no pulo de um Porsche
Cayenne não um Renolt Cleo
Residir no melhor lugar, como reside um Diu

Eu vim de Osasco terra do hot dog
Agora lê D-O-G ao contrário
E saiba como eu me sinto e sou
Ninguém me corta, eu cumpro o meu papel
Por isso é só pedrada no meu Jokenpô

A benção meus pioneiros
Qual quer fita me de agô
Escrita afiada, como o Machado de Xangô
Uma linha pra cada rapper limitado nas track
Podem chamar essa aqui
Chamar de Auxílio Emergencial do rap!

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