GOG - Assassinos Sociais letra (lyrics)

[GOG - Assassinos Sociais letra lyrics]

A lição, meu irmão, está aí
Nos ataques à bomba no genocídio em Ruanda
Na pobreza no Haiti
É triste, mas eu vi o clamor materno
Rogando logo o céu ou o inferno
Ao seu filho subnutrido
Que aos dezoito não pesava mais
Que vinte e poucos quilos
Mas de nada adiantava isso
Do outro lado do mundo
Seu futuro era decidido
Num café matinal entre políticos malditos
Parasitas cínicos assassinos sociais
É, os poderosos são demais
Derramam pela boca seus venenos mortais
Poluindo a mente dos que são de paz
A gente segura
Atura estas criaturas como pode
Mas um dia explode e a ideia sai (então vai)
Eu vou, eu vou de vez vejam só vocês
No meu Brasil, em ano de eleição


O que se vê pela periferia são
Palanques, panfletos, carros de som
Promessas em alto e bom tom de
Que as coisas vão melhorar
Mas como acreditar?
Se os que prometem sempre estiveram lá
Prontos para nos trucidar e pra complicar
Não são humildes, morrem de preguiça
Só rogam o próprio bem-estar
Pra Deus na missa
E, mesmo assim, não fazem jus
Não fazem o sinal da cruz
Desses eu, GOG, sempre quer estar a anos-luz
Acreditando no que creio
Ah, e o que é mais feio
Pra eles o caminho do sucesso
Não importa os meios
Desses caras já estou cheio (então vai)

Assassinos sociais
É, os poderosos são demais
Assassinos sociais
É, os poderosos são demais
Assassinos sociais
É, os poderosos são demais
Assassinos sociais
É, os poderosos são demais

Você tem todo o direito de não acreditar
No que estou dizendo
Mas tem o dever de conferir
Pra ver a zona que está aí no Parlamento
Metem a mão na cara dura no orçamento
Interferindo na vida de milhões
E não são dois nem três
São mais de cem ladrões
Vou repetir, quero mais atenções
Nos palanques seguem antigos padrões
Dizendo que são ricos
Que poderiam estar cuidando da família
Do próprios negócios e que por amor à nação
Adotaram a política como opção
Que ajudar os pobres é a missão
Mas quem são eles pra falar de amor?
É preciso, antes de mais nada
Ter noção do horror
Que é ver velhos vagando na madrugada
Das ruas com frio nas rugas
É preciso ver crianças
Pezinhos pequenos desde cedo na estrada
Esse é o preço pago, vendendo
Dim dim, picolé, amendoim, cocada
Pra sobreviver toda a iniciativa é válida
Mas é essencial, sim, ter escrúpulos
Honrar a palavra dada
E o que dói mais é ver muitos
De meu povo caindo na cilada
Trabalhando em campanhas milionárias
Por migalhas
Empunhando bandeira no sol a sol
O corpo suado, coração está do outro lado
Mas infelizmente a necessidade fala alto
A ideia é: trabalhando contra nós
Mesmo sempre saíremos derrotados
E enquanto isso o que eles fazem?
Começam em Brasília a semana na
Quarta e encerram na quinta
Matam a segunda, a terça, a sexta
Mau político em qualquer canto do planeta
É um Anticristo, um cisto, a Besta
A atração principal do telejornal
A procura de status investe no visual
Realmente eu sou um marginal
E quero ver sua cabeça, seu oco, seu mal
Bicho mesquinho
Vejo nos seus olhos tochas de fogo luzindo
Nas suas costas, asas vermelhas se abrindo
É só olhar pra eles e
Verá que não estou mentindo
Que não é vacilo, delírio, nem sonho
Mau político pra mim: o pior dos demônios
Junta logo suas malas e vai

Assassinos sociais
É, os poderosos são demais
Assassinos sociais
É, os poderosos são demais
Assassinos sociais
É, os poderosos são demais
Assassinos sociais
É, os poderosos são demais

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