DeXter 8° Anjo, GOG - Salve-se Quem Puder letra (lyrics)
[DeXter 8° Anjo, GOG - Salve-se Quem Puder letra lyrics]
Reino contra Reino
Haverá grandes terremotos
Epidemias e fome em vários lugares
Coisas espantosas e também grandes
Sinais do céus
Salve-se quem puder, se puder
Seja lá quem for, homem ou mulher
O mundão ta louco, se afundando aos poucos
Futuro obscuro, vivemos no sufoco
Pai que mata filho, filho mata pai
Quem vai interferir, diz pra mim
Quem que vai?
Desacreditar, nem pensar, só naquela
Moleque é morto a tiros na favela
Sequela de uma vida sofrida
Vivida na miséria, sem perspectiva
Crianças fumando craque, perdendo tempo
Nas ruas da cidade, andando ao relento
Eu lamento e tento entender o porquê
Não querem viver, preferem morrer
Se matar, será que é a solução?
Não, não posso acreditar nisso não
Irmão, eu daqui assisto só desgraça
Vejo o ser humano se matando de graça
Na praça, já não faz sentido andar
As rosas murcharam, contaminaram o ar
Nas casas os portões, só vivem trancados
Os carros dos milionários, são blindados
Hoje em dia, ninguém confia em ninguém
Parceiro mata parceiro por malote de cem
Vai além, seu filho é programado pra ter medo
Mas o medo o faz sentar o dedo
Você mesmo transforma seu filho num qualquer
Assim que é, salve-se quem puder
O homem na estrada recomeça sua vida
À procura, da dignidade perdida
O brilho nos olhos é de um sonhador
Que quer esquecer, tudo o que passou
Vinte e cinco anos depois sai do inferno
Se sente deslocado, no mundo moderno
De terno antiquado, e sapato social
Vaga pelas ruas na condicional
Feliz e ao mesmo tempo assustado
Tá tudo diferente, tudo ta mudado
As pessoas não se olham, nem se cumprimentam
Andam estressadas, concentradas no que pensam
Indiferentes ao que acontece ao redor
Preocupadas com seu próprio mundo e só
No jornal as notícias causam arrepios
Mais um corpo é encontrado, boiando no rio
Drogado mata o irmão e nem lembra o que fez
Mãe abandona filho de um mês
Policia é flagrada numa ronda de rotina
Em boate de luxo, recebendo propina
Enquanto uma escola é construída num lugar
Já se tem dez prisões a mais pra inaugurar
Política opressora, exclusão social
Dentista perde a vida por motivo racial
O morro e o asfalto no Rio tão em guerra
Integrantes do MST querem terra
(a causa é séria)
Uns matam, outros morrem por um qualquer
Assim que é, salve-se quem puder
No Sudão matam negros com AK-47
Prisão de Sadam chegou via satélite
Bush, a besta de um sonho Americano
Patrocina a dor do povo iraquiano
Fuzis atiram em defesa do petróleo
América do Norte garante o monopólio
O mundo se comove, porém ninguém se move
Ei doutor, ce ta na mira da minha nove
Meu microfone faz o estrago que eu quiser
Vai, pega o celular e pede pano pros gambé
Menor dispara a arma e mata amigo na escola
Doença miserável, HIV e Ebola
Extermina meus irmãos na África do Sul
Atentado terrorista sob céu azul
Nas ruas de São Paulo ou no Oriente Médio
O corredor da morte é a cura pro seu tédio
Nos mares se trava a guerra naval
Nos ares acontece à exploração espacial
Células clonadas em laboratório
A ciência ignorando Deus é notório
Testes nucleares afim da destruição
E você aí, nem aí, sem preocupação
Deputado é esculachado em CPI
Novela ensina dona de casa a trair
Tragédia no cenário do Rap ganha destaque
Morrem Sabotage, Gilmar e Tupac
Final dos tempos, provam sua fé
Assim que é, salve-se quem puder
Ei, Aqui se realiza um sonho antigo
Uma aliança entre fãs que hoje são amigos
Eu sei, percebo é de Deus que vem
Provém à chance provei e não senti o gosto
Amargo eu vou avante, adiante
Abraçar, representar, tô aqui
Fruto nordestino, maduro, do sul do Piauí
(não caí) vou te falar, relatar, o que vi
Deselegante foi à cena, mas eu não sorri
Sou latino, peregrino, desprovido
De dinheiro, grilado
Uma pá de proliferado puteiro, que se dá
De várias formas não só na cama
(sente o drama)
Lamentável a cena, o algoz e a primeira dama
Não sei se vou pro céu, sou fiel, sou Fidel
Sou cruel mas não tenho o coração de papel
Pisou na bola, olha minha sola
O calcanhar de Aquiles
Aí GOG, se o Bin Laden pega, hummm
Fica ruim pro Alexandre Pires
Falhou, sujou, a bandeira brasileira
Envergonhando a América Latina inteira
Inocência, oportunismo
Ignorância da história
Chorou nos braços de quem tem fama sem glória
(Bush)
É preciso ter cérebro, coordenação motora
Pra não cair na armação da maldita gravadora
Pra não financiar via
Coca-Cola a metralhadora
E nem desonrar, África nossa genitora
Então, não é de hoje que o nosso povo
Aperta a mão do inimigo
Vive na casa do opressor
Marrocos, Sudão, Mali ou Gana, Quênia
África disimada por doenças com um mínimo
De bom senso estariam erradicadas
Guantánamo, presos, prisioneiros
Sem direito a julgamentos trancafiados
A fome e a miséria habita América Latina
Até quando? Simplesmente isso
Até quando o sofrimento parceiro?
Depende de você, hip hop sério
De verdade, Dexter, GOG
A fúria junta parceiro, segura
Assim que é, salve-se quem puder