GOG, Gato Preto - #PassiFicaDor letra (lyrics)
[GOG, Gato Preto - #PassiFicaDor letra lyrics]
Nascido no Brasil, diáspora africana
Confesso, na real, nunca fui a cereja do bolo
Nem de ofuscar a visão com ouro de tolo
No cacareco, um monte de treco
Vantagem no rolo
No brechó do centro custaria mais que o dobro
Mais tarde, um frango assado com farofa e só
Na companhia de vovô e vovó
No Natal, vi vovó disfarçar o açoite
Desprezar o tic tac da meia noite
Sei que queria vermelho o tapete
E mais uma saraivada de foguete
Não, não sou de presente e
Nem de muita frescura
Mas daria na caixinha a nova dentadura
Pra ver realçar aquele belo sorriso escondido
Melhorias não chegam pra
Milhões de esquecidos
O que faz do meu rap um grito importante
Motivos pra comemorar? Bem mais adiante
O que não quer dizer que
Seja um balde de gelo
Questionar a paz? Início de um novo modelo
Veja só, em um minutinho só
Porque a cabeça gira, pira, quase dá um nó
Dos tempos de vovó e vovô, o mundo avançou
Ou recuou? O dono da resposta se ausentou
Prosperou a lei do mais forte, do opressor
Fio', cachimbo caiu, ninguém viu, escapou
Quem pega o gato preto na escuridão do beco
Ele e seus parceiros, neguin ligeiro
Quem pega o gato preto na escuridão do beco
Ele e seus parceiros, neguin ligeiro
Deu o nó, cortou o coração
Despreparo na ação, a fotocópia do cão
Puxou o cão ausente, de dente, coleira
Tingiu de sangue a calçada inteira
A rua quase toda acendeu a luz, acordou
Mas só saiu depois que a viatura vazou
Vovô concordou, vovó discordou
Ele dormiu no quarto, ela nem se deitou
Morreram aos 16 pra aprender bem a lição
Sobreviver, envelhecer, testemunhar
Superação
População em peso vota na primeira opção
Depois chora vendo o filho indo pro rabecão
A mesma versão em cada humilde região
Que trocou tiros, reagiu, hostil
À voz de prisão
Sensação de segurança na sociedade
Realidade diferente na comunidade
Um roteiro do romance
Forjado por especialistas
Abastece o lucro, frio e calculista
Surgem guerreiras, rugem guerreiros
Contrários aos celeiros de cativeiros
Vidas marcadas, violentamente arrancadas
Genocídio negro, guerra declarada
Cartazes de protesto na manifestação
Polícia pacificador, polícia pacificação
Não, não, não é de hoje, de agora
É de ontem, de outrora
Que vovô e vovó também chora
Por isso, seus conselhos
Não me contivera a revolta
Quem pega o gato preto na escuridão do beco
Ele e seus parceiros, neguin ligeiro
Negro, diáspora africana
Nascido no Brasil, criação baiana
Quem pega o gato preto na escuridão do beco
Ele e seus parceiros, neguin ligeiro
Quem pega o gato preto na escuridão do beco
Ele e seus parceiros, neguin ligeiro
Confesso, na real, nunca fui a cereja do bolo
Nem de ofuscar a visão com ouro de tolo
No cacareco, um monte de treco
Vantagem no rolo
No brechó do centro custaria mais que o dobro
Mais tarde, um frango assado com farofa e só
Na companhia de vovô e vovó
No Natal, vi vovó disfarçar o açoite
Desprezar o tic tac da meia noite
Sei que queria vermelho o tapete
E mais uma saraivada de foguete
Não, não sou de presente e
Nem de muita frescura
Mas daria na caixinha a nova dentadura
Pra ver realçar aquele belo sorriso escondido
Melhorias não chegam pra
Milhões de esquecidos
O que faz do meu rap um grito importante
Motivos pra comemorar? Bem mais adiante
O que não quer dizer que
Seja um balde de gelo
Questionar a paz? Início de um novo modelo
Veja só, em um minutinho só
Porque a cabeça gira, pira, quase dá um nó
Dos tempos de vovó e vovô, o mundo avançou
Ou recuou? O dono da resposta se ausentou
Prosperou a lei do mais forte, do opressor
Fio', cachimbo caiu, ninguém viu, escapou
Quem pega o gato preto na escuridão do beco
Ele e seus parceiros, neguin ligeiro
Quem pega o gato preto na escuridão do beco
Ele e seus parceiros, neguin ligeiro
Deu o nó, cortou o coração
Despreparo na ação, a fotocópia do cão
Puxou o cão ausente, de dente, coleira
Tingiu de sangue a calçada inteira
A rua quase toda acendeu a luz, acordou
Mas só saiu depois que a viatura vazou
Vovô concordou, vovó discordou
Ele dormiu no quarto, ela nem se deitou
Morreram aos 16 pra aprender bem a lição
Sobreviver, envelhecer, testemunhar
Superação
População em peso vota na primeira opção
Depois chora vendo o filho indo pro rabecão
A mesma versão em cada humilde região
Que trocou tiros, reagiu, hostil
À voz de prisão
Sensação de segurança na sociedade
Realidade diferente na comunidade
Um roteiro do romance
Forjado por especialistas
Abastece o lucro, frio e calculista
Surgem guerreiras, rugem guerreiros
Contrários aos celeiros de cativeiros
Vidas marcadas, violentamente arrancadas
Genocídio negro, guerra declarada
Cartazes de protesto na manifestação
Polícia pacificador, polícia pacificação
Não, não, não é de hoje, de agora
É de ontem, de outrora
Que vovô e vovó também chora
Por isso, seus conselhos
Não me contivera a revolta
Quem pega o gato preto na escuridão do beco
Ele e seus parceiros, neguin ligeiro
Negro, diáspora africana
Nascido no Brasil, criação baiana
Quem pega o gato preto na escuridão do beco
Ele e seus parceiros, neguin ligeiro
Quem pega o gato preto na escuridão do beco
Ele e seus parceiros, neguin ligeiro