Leste 5, Mal Cria - Manchete letra (lyrics)

Não vai se livrar de mim
Sou isqueiro e estopim mostrando o seu fim
Nem me viu e já sumi

Peso igual o mjölnir 'Tô na ginga de Zumbi
Veloz igual o Bolt leve tipo Gandhi

É ’punch' atrás de 'punch’
Minha luta com meu sangue
Não sou mais tão hesitante
Volto mais bravo que antes

'Tô além desse planeta já saí dessa caverna
Olho pra luz que me cega
Minha retina tá aberta

Minha mente tá aberta minha cela tá aberta
Minha alma tá aberta minha janela tá aberta

Minha boca tá aberta minha guarda tá aberta
Sua rima não me afeta p, 'tô tipo Mandela

Revolta é permanente reação é deprimente
Quero ver bater de frente
Minha rima nos seus dentes

Concentro tipo ópio pensamento é óbvio
Pergunta pro sensei até onde vai seu foco?

Bem vindo à minha mente
Só não fica à vontade 'Tô lutando todo dia
Pra manter minha sanidade

Inteligência vaidade buscando liberdade
Sem nunca perder a visão da minha verdade

Peça benevolência no meio da violência
Chicote são problema nego nós virou esquema
O caos nós enfrenta os dia nós sustenta
Mas os cara mata preto até na quarentena

À espera de um milagre tru'? Não espera não
Aqui é capão redondo, tio não o Pokémon

Basta só um empurrão pra te deixarem no chão
Se tu quer salvar o mundo
Se salva primeiro então

Vem de Chinaski que eu vou de Nocivo
Como é que não ouviu falar da Leste 5?
MC acha foda, pra 'cê muito sinto
Guardamos lugar do primeiro ao quinto

Nihil dando dano crítico
Tenaz Boy flow maligno
Mano Thito milimétrico
Vem MalCria verso cínico
Hannibal do rap "mal boa"
Eu te nocauteio, black Rocky Balboa
Novo A$AP Rocky taco' fogo nessa folha
Quem tá falando aqui é o novo dono dessa p
Então cala a sua boca

Novo Maomé, c, profeta
Não quero causar mais uma guerra
Não quero ter que usar minha serra
Sexta-feira 13, mas o Jason é poeta

Tubarão na terra, assassino sangue frio
'Tô mais calibrado que fuzil
P que pariu a tua mina tá no cio
Me chame de Kendrick Brasil

Vira a cabeça coruja vira a cabeça coruja
Vira a cabeça coruja

Eu não achei mais o meu Berotec
Asthma attack, já bolei o ’beck’
Cheiro forte já passei Malbec
'Tô de olho nessa sua Gucci bag

Gato preto, ’tô vendendo Kitkat
Essa mina se achando a Boop Betty
Eu sinto pena desses muleque'
Eu sinto pena desses muleque'

As ruas ficaram estranhas
Os novos poetas da tribo
Em São Paulo deu curto circuito
Juntaram Kovill, MalCria, Leste 5

Cinco dias rimando no estúdio
Um estudo regado com água e suor
Pique bruxa malvada do leste mágico de Oz
Se pisar na minha frente você vira pó

Tá de Dior? (oh oh) 'Cês são bocó (oh oh)
Na sua mente dou nó (oh oh)
Bato sem dó (oh oh oh)

Manchete do dia, notícia fria
Mandril à solta na terra da garoa
Os verme na bota, não ‘tamo a toa
A história destoa da praia à proa

No navio da vida ’cê faz tua escolha
Tu vira pirata ou serve a coroa?
Prancha ou polpa? 'Cê que escolhe
Vê se não morre, não se demore

Fazendo meus corre não conto com a sorte
Fugindo da morte
Mas ela é sagaz, eu tento ser mais

Sabedoria nunca é demais
Transborde em mim cada vez mais
No caos da existência encontrei minha paz
Não importa o plano minh'alma não jaz

Não faço só Jazz não busco só ouro
Tá na hora da encrenca
Encrenca em dobro (MalCria)

Do tênis eu sou o cadarço
Amarrado igual laço quero sentir seu abraço
Você sentiu o meu maço

No bolso e eu ouço quê isso?
O motivo de que todos me afasto

Eu faço e refaço como um reforço
No papel almaço, chamei pro almoço
Te trago rosas, melhor que cigarro no bafo
Alguém prefere dez bafo

Eu prefiro um desabafo no braço
Como um corte profundo
Que vai pro fundo do braço
Como um poço de sangue a
Jorrar tristeza sem caso

Me descuidei, cicatrizei o meu pulmão
Me iludi e machuquei meu coração
Mas não foi culpa minha, oras
Foi do destino que me espera lá fora

Se o destino tem isso pra mim, aliás
Eu não quero sair mais

Hoje não vai ter janta pra amanhã ter café
Logo eu faço dinheiro e vou
Jantar o que eu quiser
Ansiedade na garganta
Garanto eu não faço por mal
Mano não peita minha banca
Isso não vai ser legal

Tudo que eu como eu vomito
Tipo eu conheço as Street o estômago ardendo
Ou é paixão ou é gastrite

'Tô atrasado p, sai da frente
Cadê minha calça que eu não 'tô achando
Vou pra São Mateus pegar a linha verde
Fodeu, monotrilho não tá funcionando

Quem nasce de cima mata a favela
Quem nasce de baixo morre na viela
Nossa tristeza já virou beleza
Por isso Van Gogh sangrou aquarela

Paga um café pro menor
Deixa que ele faz sem sua ajuda
Já que seu trocado é dado com má vontade
E essas moedas só tem valor na mão de Judas