Lola Salles - Ponto Final letra (lyrics)
[Lola Salles - Ponto Final letra lyrics]
Fiz minha oração e não prometi nada
Pressenti que hoje, a noite ia ser agitada
Patinhos vão para o açoite
Em pernoites regras quebradas
Leis infringidas
Num gesto cortês dei liberdade
Às minhas recaídas
Cumprimentei as amigas e passei
Pra quem não tem importância eu só me calei
Virando a curva do ponto final
Vi que a tarde estava turva
E a neblina era sal serviria de tempero
Pensamento mal
O forro do " russo" feito pra camuflar
Me camuflo no efeito que um tempo fechado dá
Vento bagunça o cabelo e o vestido levanta
Nas mulheres avulsas calças causam repulsa
Um olhar que esmiúça, se visto, faz arrepiar
Me visto de moletom ou vestido
Do jeito que dá chama atenção o batom
Ouço alguém me chamar mas não regresso
Não me interesso
Tu me convida eu digo: - " neco"
Tô evitando caô na boa
Me esquivando de quem tá à toa
Porque eu não tô
Você peca quando supõe que teu músculo
Vai ganhar o meu amor
Sei que o único livro que leu foi crepúsculo
E que gosta de MMA porque é sadô
Sei que assusto quando cuspo
Uma reação anormal
Mas emprego mais força em minha ação
Quando a luta é desigual
Coloco mais " força na tração"
Pra chegar no ponto final
Mais uma vez atrasada Ônibus não sobe escada
Hoje pela manhã um " couper"
Fico super animada
Pra pegar o ônibus a tempo corro em disparada
Chego esbaforida
Motorista abre a porta de entrada e
De saída e liga o motor
Ignoro os dois degraus e
Cumprimento o cobrador
Motorista dá uma arrancada tô na roleta
Cai caneta e deliniador
Vulgarmente interesseiro
Se disponibiliza um passageiro a pegar
E me agride com uma oferta e um olhar
Passa a mão por cima da
Minha jaqueta de couro
Teve a ´presunção de achar que
Eu cairia no seu matadouro
Respondo com meu cotovelo
Gostaria de não ter que fazê-lo
Dou às costas vou pro meu assento
Sento no meu lugar recuso as propostas
Sem presunção com um til no meu " não"
Sutilmente sem me recatar
Banco do Ônibus é meu divã até a cidade
Ahã não ouço conversa vã
Deixa que eles se matem
Vou de DK, Pachá e Ramiro Mart
Com o rap eu me aconselho
Retoco o batom no espelho
Se aumentar o tom eu te reboco!
Me toco que o nervosismo fez
Meu olho ficar vermelho de uma forma anormal
Toco a campainha e desço no ponto final
Sei que assusto quando cuspo
Uma reação anormal
Mas emprego mais força em minha ação
Quando a luta é desigual
Coloco mais " força na tração"
Pra chegar no ponto final