Maior Major - Pleno letra (lyrics)
[Maior Major - Pleno letra lyrics]
Baço que embala o ceno um abraço da criação
Sem escasso poder regente aceno
Reminescente apresso a psiquê
A qual desprendo
Deambulo em correntes que jamais me prenderão
Se assim ondulo em
Ventos as rosas não viverão
Olho da razão, de dia amplo
à noite tranco-o confins de Hel em canto
Porque a mim não viram vão
(convidam os que não vingam)
Corpo assente ao solo e esse trémulo
Compor célere fez-me efémero
Furúnculo imediato após a febre interno-me
Contacto o pensamento de cortar contentamento
E o contratempo chega a tempo
Pego no som puro e fica dor
O que é impuro cria cor
Que eu procrio e emano, odor
Sou um purificador
O tempo é o teu tapete
Não o sujas com veneno
Passado são ruínas mas segue o teu plano
Presente é semblante, o Futuro o teu Eu pleno
Atua e torna ténue essa dor que só te prende
Faz por ser pequeno faz por ser pleno
No nada da existência todo oposto é ilusório
Quero tudo o que não vejo
Oculto em vulto e meio pelo fundo trotei
Em inquietude a fonte eu fecho
Medo do que escrevo, rima é efeito placebo
Assim enganei a sede, são lágrimas que bebo
Engravido Minerva e renasce arte mimética
Evito arte sem métrica mas
Som arde-m'a estética
A cada luto evado-me e divago em tectónicas
Catapulto o mundo p'ra uma urna cósmica
Pen Game em vulto, aqui nunca ergonómica
Digito um versículo se atuo e me discípulo
Aljube do orgulho: se me solto evolúo
Porque assim envolto incluo 'no
Clue' no que possuo
Pressinto isso, só friso
Entre o cardio e a mente fluo
Vínculo único, findo o erudito e o lúdico
Vim me colonizar meticuloso e
Meti-me um colosso
Um flexíloquo ente, flexo elo eloquente
Flash, vim cadente
Éolo, vim cá dentro só p'ra fazer vento
Em pouco rio fervo, enfio-te o ferro a seco
Prefuro a fonte, é fogo, flamo-escrita
Fiz-me insano e posso vir dar
Vida e queimar vinha
Moço, duvidar vinha, viro a vila em esgrima
Caos convinha contudo contive o vinho
E dei na escrita
A minha uva mergulha em rio que borbulha
Assim uso a agulha e rebento a bolha dúbia
Rejubilo ao relento em lamentos de
Um mar de além se sibilo surge o vento
Não o sei e sei-o bem
Não ensaio e saio sem desejo de estar aquém
É o que vejo quem me move
Por mais que o laço ilude
A cada traço englobo um fraco pedaço em tudo
Acabo o crasso enredo
Com o que aqui desfaço eu mudo
O tempo é o teu tapete
Não o sujas com veneno
Passado são ruínas mas segue o teu plano
Presente é semblante, o Futuro o teu Eu pleno
Atua e torna ténue essa dor que só te prende
Sê um ente teu e plana, procura ter em frente
Um caminho e sê ciente, no fundo quem sente
Sente seguro a arte
Enceno nem que a dor esteja presente
Mas sem concentração não me entendo
A cem por cento em cena
Remanescente afeto à psiquê a qual me reste
Crio escrita mudo, num instante eu refraseio
Asseio a fragrância desse inconstante anseio
De querer ser grande em versos
Assim como em desenhos mas
Em importância acudo
No que não a faz eu freio
Tudo o que faço ou planeio
Nem a uma metade veio
Ganho espaço e trovejo
Fecho-me até tarde e vejo
Pretexto pra um desejo de isto
Ser tudo um bocejo
Disto do que vejo, invisto tudo em arranjos
Diletante nisto? Talvez minto, digo-te antes
Ativismo artístico no fim é só propaganda
A realidade é mais real que
Os teus versos em banda
Fluxo oratório no fólio do meu espólio
Simpósio samuelino, miragem lírica aprumo
Com o "Pódio" invoquei auto reflexão perene
Composto com um feiche ténue de
Luz que induz o cerne
Mais que um Turrell reluzo e
Recuso o olho ingénuo
Coronel da Luz, recluso no Fuso Horário Luso
Infortunado aquele que só vê estética
Vê como fui tornado uma
Fonte de Luz frenética
Se convido a minha ética eu indago em linha
Reta e com cataterismo impeço
Cataclismo em versos
O que entendeste é perto do que induz incerto
Só compus inerte, que um capuz completo
Nunca o pus, confesso