Makalister - Da Era do Amor Virtual letra (lyrics)
[Makalister - Da Era do Amor Virtual letra lyrics]
Da Era do Amor Virtual, yo, yo yo, yo
Y'all
As lojas se fecham, os bares se abrem
Os pares se partem
Ocupam suas noites com tablets
O calor é mobile no labor, só de bala
E o que mata mais? O açúcar da bala
A bala na água ou o Cigarro de Bali?
É terça-feira, mas me trajo de baile
Se a treta é infantil, tô fora do parque
Tiro a trava da carne e a deixo trêmula
Fora da cúpula
É a farra das células quando encerras o cel
Sofro de insônia, De Niro em Táxi
De fome igual Bobby Sands no cárcere
Que o delírio me arte em meus atos
Falhos que deixei pra mais tarde
Pra me lembrar que sou só o
Makalister e não o MacGyver
Da era do amor virtual, y'all
Fizeram do amor ritual
Da era do amor virtual, y'all
Fizeram do amor ritual
Onde os dogmas laçam e
Os androides se abraçam castos e cultos
Tudo é hologrado, inorgânico, mudo
Onde os tolos se abraçam
Castos e cultos, y'all
Tudo é hologrado, inorgânico
Pedaços da era do amor virtual
No fim que tudo unifica
Jorrando a tinta antes que a bússola imprima
A bula indica e te mata
Nas curvas das letras miúdas
A lupa desvenda
Mas o calor gerado mata as formigas
Teu existir não é trocado por milhas
Apenas um gráfico: única mídia
Mais 10 anos na firma e o
Uniforme tá cheirando a rotina
E o Mascherano te esperando na esquina
Primeira e única vinda rodeado de drogas
No trabalho, na escola e família
Te colocaram numa fila de cócoras
Fora do navio pra Bogotá
Não vais mais embora
Corpos em volta de um barril de pólvora
No abismo do catre os despenhadeiros da dor
Desaba em travesseiros
E o que não pecas no lar
Tua filha peca em dobro na rua
E a vida dela vale o dobro da tua
Da era do amor virtual, y'all
Fizeram do amor ritual
Da era do amor virtual, y'all
Fizeram do amor ritual
Onde os dogmas laçam e
Os androides se abraçam castos e cultos
Tudo é hologrado, inorgânico, mudo
Onde os tolos se abraçam
Castos e cultos, y'all
Tudo é hologrado, inorgânico
60 dias de chuva garoa fina, média e bruta
Em São José tem o barulho das turbal
Que transborda essas poças que não são poucas
Inúmeras bocas resmungam o mesmo
Nas portas das lojas 60 dias de chuva
Garoa fina, febre das bruxas
Ilha mágica, jovens boçais
É o meio que jogo-me à margem
Um corte frontal a cada vez
Que paro se no espelho, travo:
"És só um jovem mortal!"
De graça eu nasci velho e imoral
Algumas horas em frente à tela de LED no hall
Pensando: "no ponto exato
Fred no hell veste no Halloween os panos do
Pôncio Pilatos e manda esses merdas pro céu!"
Roupas não secam no varal de arame
Se não arejas o cômodo é
O carnaval das aranhas
Entrar no amar sem o remo não há saldo de bem
Mas sados hão de querer
Há coisas que não devias desver