Makalister, Beli Remour, Flávia Baranski - O Monstro letra (lyrics)
[Makalister, Beli Remour, Flávia Baranski - O Monstro letra lyrics]
Queria tanto te encontrar
Sombras na lua conflitos na terra
O ser é imundo animais corrompidos
Dentro de celas com telas brilhantes
Encantam mosquitos sucumbem ao belo
Sucumbem ao falso no cume do ódio
Falácias muitas falácias
(Ohh) numa tarde qualquer
Um mostro renasce de braços cruzados
Nas almofadas do meu sofá
Me dando ideias sobre o mundo
O quanto ele é ruim o quanto ele é feio
Pessoas medonhas dinheiro primeiro
Guerras, conflitos famílias morrendo
A flora murchando rios embarrados
Lembranças de como
(queria tanto te еncontrar)
E achar um canto pros dois longe de tudo
Com muita nevе
E poucas memórias (poucas memórias)
O monstro era calmo (calmo, calmo)
O monstro era triste (triste e calmo)
Disse verdades (infelizmente)
Infelizmente verdades (infelizmente)
(queria tanto te encontrar)
(queria tanto te encontrar)
Éramos seis num estúdio dopados de sonhos
Virando as noites amontoados
Uns no tapete, uns no chão
Uns em cadeiras de plástico
Éramos jovens ligando pra nada
Vinte mil guias gravadas (vibe Jamaica)
Dobrando a banca vinte mil gramas queimadas
Hoje restou saudades, lembranças
A caminho do show no centro histórico
Na blitz passamos calmos
Cristais na blunt, Laddal no porte
Irmão, que saudade
Resta um buraco, nada transborda
A caneta perde o fio e se afoga
Eu chorei no ônibus olhando suas fotos
O bonde era foda
Vandalismo de verdade, poesias na carne
Coisas que falam hoje
Citávamos há uns anos atrás
Pra nós não é novidade
A boa das ruas pra nós não é novidade
Mas não quero deixar o meu verso tão íntimo
Não preciso mostrar a ninguém como éramos
Acendo minha alma (a névoa me abraça)
Depois que cê se foi (ficamos quebrados)
Montanha russa que indaga: fazer
Por nós ou largar?
Quero razões para acreditar
(queria tanto acreditar)
Passam primaveras, meu coração só quebra
Passam primaveras passam primaveras
Passam primaveras
Depois que eu morrer já não saberei
Já não sentirei olho ao redor
Debaixo do sol que excreta o suor
(queria tanto te encontrar)
Queria ser um gato, um pássaro
Um castelo animado
Uma nuvem que dispersa e contorna as pedras
Um grão de areia nas páginas dela
Uma alucinação, um anjo um fantasma
Queria tanto te encontrar
Quando vier a primavera
Se eu já estiver morto
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos
Verdes que na primavera passada
A realidade não precisa de mim
Queria tanto te encontrar