Mano Brown - Uma História de Várias Vidas letra (lyrics)

[Mano Brown - Uma História de Várias Vidas letra lyrics]

Nasci de novo quando conheci o rap
Nacional não passei por apenas
Uma transformação, outra vida me foi
Dada saí do ostracismo
Do anonimato total e conheci outro
Lado não tinha política nenhuma
A gente não queria ser
Nada, queria só cantar, se divertir e
Arranjar uma namoradinha e o lance de querer
Cantar já dá uma vida nova
Uma direção você sair de uma porta de
Bar às 14h e ir para
Casa escrever uma letra na
Quebrada era isso, eu ficava no
Bar, com os caras
Não tinha muita escolha qualquer
Paixão me divertia

Essa visão politizada veio depois
Até considerando nossa idade eu mesmo tinha
18 anos a gente conheceu uma
Pessoa logo no começo que fez
A diferença: Milton Sales ele
Tinha toda a bagagem política
De outras bandas
E ainda havia todo aquele momento
Político começando… Final de
Ditadura, Diretas Já
Democracia estes caras eram
Muito apaixonados
E nós éramos adolescentes eu tinha
Noção zero de política

O Milton falava: "Vocês são bons
Vocês poderiam usar este ritmo
Este talento para orientar as pessoas tipo o
Bob Marley na Jamaica…" E
Naquele momento éramos os
Caras para conduzir as ideias
Dos mais velhos
Que não tinham acesso à molecada
Tudo era muito novo
E começou a fazer parte do que a
Gente fazia milhões de portas
Se abrindo para um
Cara que sempre teve todas as portas fechadas

Na sequência
Vinha o Public Enemy foi o mesmo que ver o
Surgimento do Pelé para o moleque que jogava
Futebol e tudo aquilo que o Miltão falava
Os caras
Do movimento falavam, e eu não sabia fazer
Os caras do Public Enemy já faziam bem demais
Foi o nocaute isso tudo antes de
Existir os Racionais
Foram dois anos muito longos
Nesta fase tive muita
Chance de morrer, de não ter
Me tornado nada eu cantava
Mas nada com compromisso
Ganhei concursos, tinha talento para ritmo
Era sambista, sou ritmista, e era tudo
Muito natural, eu só não tinha boas
Ideias, não era um letrista
Era um "cabeça de bagre"

A gente se divertia
Era uma coisa que a gente queria fazer
Eu era um cara confuso, liderando
Um movimento sem saber
Com 20 anos a ficha caiu agora aos 40 anos, e
Percebo que nada é perfeito
Estamos no planeta Terra
E não existe felicidade plena

Acredito que qualquer coisa
Feita por obrigação
Flerta com ditadura, com imposições, com o
Conservadorismo, flerta com cadeia
E prisão liberdade
É liberdade, faz se quiser
Se sentir um rapper político com
Más intenções pode ser tão
Ruim quanto ou pior do que
Um político de carreira
Você saber que tem domínio sobre
As pessoas e usar aquilo
É muito perigoso hoje minha
Música está mais livre, e o compromisso está
Na minha alma não preciso colocar
No outdoor, fazer panfletagem, nem fazer
A mente de ninguém a internet
Taí, a informação taí, dá para buscar
Eu não mudo, mas não exijo faço da mesma
Forma que fazia, com muito
Amor, muito respeito, ousadia e alegria
O rap é linguagem universal
Se quiser entender, vai ter
Que conviver, eu não traduzo
Não sou perfeito
Não quero ser e já descobri que
Estou longe disso mas não
Fiz nada que meu coração não
Quisesse que eu fizesse

O rap e o Hip Hop não
Fizeram nada sozinhos a transformação
Foi visível orgulho próprio, forma de
Encarar, forma de se vestir
Forma de abordar o outro em cada fase
A gente ocupou um espaço que
Não ocupava foi muito importante
Mas vestir a capa de
Super herói realmente não nos cabe
Porque existem
Outros anônimos que não ostentam nada
Que não vão para a capa do disco
E que não são reconhecidos à altura

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