Racionais MC’s - Eu So letra (lyrics)

[Racionais MC’s - Eu So letra lyrics]

Ah, ah ah, ah
Firmeza total do bang louco atrás do troco
Pra todos os guerreiro, ahn
Se tá na chuva, é, mas Deus proteja, ahn

Uma pá de bico cresce o zóio quando eu chego
Zé povinho é foda, ô! Né, não, nêgo?
Eu tô de mal com o mundo, terça-feira à tarde
Já fumei um, ligeiro com os covarde
Eu só confio em mim, mais ninguém
'cê me entende
Fala gíria bem, até papagaio aprende
Vagabundo assalta banco usando
Gucci e Versace
Civil dá o bote usando caminhão da Light
Presente de grego, né, Cavalo de Troia
Nem tudo que brilha é relíquia, nem joia, não
Lembra aquela fita, lá? - Ô, fala aí, jão!
- O bico vеio aí, mó cara de ladrão
- Como é que é, rapa? Calor do caraio
Licença, aí, dеixa eu fumar, passa a bola
Romário!
- Hum, meio confiado, né? É, eu percebi
Pensei, ó, só, que era truta seu, ó o milho
E diz que tinha um canal
Que vende isso e aquilo
Quem é? Quem tem "m" pra
Vender? Quero um quilo
- Um quilo de quê, jow? 'Cê conhece quem?
Sei lá, sei não, hein? Eu sou novo, também
Mas irmão, quando ele falou um quilo
É o deixo, é o milho, a micha caiu
Mas onde é que já se viu?
Assim, tá de piolhagem
Não vai daqui, ali, mó chavão, nesses traje
De óculos escuros, bermuda e chinelo
O negão era polícia, irmão, mó castelo

Acontece

Hoje eu sou ladrão, artigo 157
As cachorras me amam, os playboy se derrete
Hoje eu sou ladrão, artigo 157
A polícia bola um plano
Eu sou herói dos pivete
Hoje eu sou ladrão, artigo 157
As cachorras me amam, os playboy se derrete
Hoje eu sou ladrão, artigo 157
A polícia bola um plano
Eu sou herói dos pivete

Ne-gô, São Paulo é selva e eu conheço a fauna
Mas muita calma, ladrão, muita calma
Eu vejo os ganso descer e as cachorra subir
Os dois peida pra ver quem guia o GTI
- Mas, também, né, jão? Sem fingir
Sem dar pano
É boca de favela, ô, vamo e convenhamo
Tiazinha trabalha há 30 anos e anda a pé
Às vezes cagueta de revolta, né?
- Quê? Né nada disso, não, 'cê tá nessa?
Revolta com o governo, não comigo
As conversa traidor, cobra-cega
Pensou se a moda pega?
Ne-gô, eles te entrega pro Depatri: aí, sujou
De bolinho, complô
Pode até ser que tem, sei lá
Qualquer lugar, vários têm celular
Não dá pra acreditar que aconteça
Na hora do choque que um
De nós troque uma cabeça
Por incrível que pareça, pode ser, ó, meu
O dia de amanhã quem sabe é Deus
Eu não sei, não vi, não sou, morro cadeado
Firmão, deixa eu ir, quem não é visto
Não é lembrado

No momento, vou nessa, valeu

Hoje eu sou ladrão, artigo 157
As cachorras me amam, os playboy se derrete
Hoje eu sou ladrão, artigo 157
A polícia bola um plano
Eu sou herói dos pivete
Hoje eu sou ladrão, artigo 157
As cachorras me amam, os playboy se derrete
Hoje eu sou ladrão, artigo 157
A polícia bola um plano
Eu sou herói dos pivete

Família em primeiro lugar, é o que há
Juro pra senhora, mãe, que eu vou parar
Meu amor é só seu, brilhante num cofre
Enquanto eu viver, a senhora nunca mais sofre
Tá daquele jeito, se é, é agora
É calça de veludo, é bunda de fora
Me perdoe, me perdoe, mãe
Se eu não tenho mais
O olhar que um dia foi te agradar com cartaz
Escrito assim: "12 de maio", em marrom
Um coração azul e branco em papel crepom
Seu mundo era bom
Pena que, hoje em dia, só encontro
No seu álbum de fotografia
Juro que vou te provar que não foi em vão
Mas cumprir ordem de bacana não dá mais, não

- Xiii, jão! Falando sozin’?
Essa era da boa, hein? Põe dessa pra mim
O barato tá doido e os mano te ligou, ali
Mas tem que ser já, sem pensar, 'cê quer ir?
A ponta é daqui a pouco, oito horas
Oito e pouco
Tá tudo no papel, dá pra arrumar uns troco
O time tava montado, mas tem um que não pode
Mano, é d'outro lado, mas é, é pela ordem
Vamo, tá mó mamão, só catar, demorou
Ó, só, te pus na fita porque 'cê é merecedor
Não vou te pôr em fita podre, aliado
A cena é essa, ó, fica ligado

Um mão-branca fica só de migué
No bar em frente o dia inteiro, tomando café
É nosso, o outro é japonês, o Kazu
Que fica ali vendendo um dog
E talão zona azul
- 'Cê compra o dog dele e fica ali no bolinho
Ele tem só um canela-seca no carrinho
Então, 'cê liga a loira, né? Então
Vai 'tar lá dentro
De onda com os guardinha, pã
Nessa aí que eu entro
- É dois, tem mais um, foi quem deu
Tá ligeiro
Na hora, ele vai estar de AK no banheiro
Tem uma XT na porta e uma Sahara
Pega a contra-mão, vira à
Esquerda e não para, cara
É direto e reto, na mesma, até a praça
Que tá tudo em obra, e os carro não passa
- Do outro lado, tá a Rose, de Golf
Na espera
Dá as arma e os malote pra ela e já era
Depois só praia e maconha
Comer todas as burguesa em
Fernando de Noronha o dia D chegou
Se esse é o lugar, então, aqui estou
Quanto mais frio, mais em prol
Um amante do dinheiro, pontual como o sol
Igual eu, de roupão e capacete
No frio, já é quente, ainda usando colete
- Já era, eu tô aqui, e onde 'cê tá, jão?
Não tô vendo ninguém, e o japonês tá aqui
Não
- O carrinho não tá aí, né? Daqui eu ganhei
O outro mão nem comeu, também
Desde que eu cheguei
- Mas por quê logo hoje? Por quê que mudaram?
É difícil errar, quem deu a fita errado?
Sei, não, tá esquisito, jão, tá sinistro
Não é melhor nóis se jogar? Vê direito
E, qualquer coisa, a loira vai ligar
Não tem pressa
'Cê é que nem meu irmão, caraio, porra
Num dá essa!
- Só tem o Zé povinho, e os motoboy
Tá gelado? Vamo entrar, vagabundo, é nóis
Nossa senhora, o neguinho passou a mil
Eu falei, nem ouviu, nem olhou, nem me viu
Minha cara é esperar, eu não tiro o zóio
Lá dentro, eu não sei, meu estômago dói
- Lá vem o truta, Blue
- É agora, tudo errado, vamo
Embora, caiu a fita, sujou!
- Cadê o neguinho? Demorou!
Caraio, bem que eu falei!
- Todos funça, mudou
Só tinha dois, mas tem três!
O neguinho vinha vindo, do quê vinha rindo?
O pesadelo do sistema não tem medo da morte
Dobrou o joelho e caiu como um homem
Na giratória, abraçado com o malote
- Eu falei, porra!
- Eu não te falei?! Não ia dar!
Pra mãe dele, quem que vai falar
Quando nóis chegar?
Um filho pra criar, imagina a notícia
- Lamentável, vamo aí, vai chover de polícia
A vida é sofrida, mas não vou chorar
Viver de quê? Eu vou me humilhar?
É tudo uma questão de conhecer o lugar
Quanto tem, quanto vem e a minha parte
Quanto dá porque

Ah, ah
É, escrevemos rap no asfalto selvagem, nego
Relatando os fatos
Periferia de São Paulo e tal
Ice Blue, Mano Brown faz seu dinheiro, nego
A missão do sofredor é se adiantar uô, uô
Ô, glória! Ahn vida Loka, é
Ahn

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