Rap Box, RAPadura, Baco Exu do Blues, Nissin, Diomedes Chinaski - Expurgoo letra (lyrics)

[Rap Box, RAPadura, Baco Exu do Blues, Nissin, Diomedes Chinaski - Expurgoo letra lyrics]

De um lado um público jovem
Maldita massa despolitizada
Às vezes uns tão radicais
Mas base teórica nada nunca invejei ninguém
Na verdade ataquei a estrutura
Uma grande manobra arriscada como
Bukowski em literatura
Chinaski, o aprendiz, filho de Lula
Não de Ustra fui infeliz atacando MC's? não
Questionei a indústria
Direto do gueto, do gueto, do
Gueto, do gueto, do gueto, do gueto
Riqueza pro gueto, riqueza pros pretos
Uma vida melhor e mais justa
Os irmãos tão morrendo por uma bermuda, boné
Um par de tênis triste, né? Querem se matar
Então que matem Michel Temer
Em 2009 eu fazendo isso
Ainda tenho pela frente uma carreira imensa
Se tu acha que eu não
Acho que isso é compromisso
Vou provar que sou maior do que vocês pensam
Sou maior que Facebook, Instagram e Tumblr
As tretas de internet tá gerando hype
Nessas ruas meus amigos morrem de verdade
O poeta cantador é a válvula de escape
Sem tempo pra conversar água
Trajetória amarga
Finalmente pra agonia estou vendo saída
Só sei que daqui pra frente aguento a carga
Mais que música
Essa porra é história de vida

Medo, clareza e poder
Medo é o primeiro passo que ocupa espaço
Reluzente na sua frente que não te deixa ver
A falta do medo também é perigosa
Esquece do espinho quando segura a rosa
Segura acelerado na curva sinuosa
Vida loka, vida dura, vida cabulosa
A clareza ilumina
Te traz confiança nas rimas
Mas clareza em excesso também cega e
Normalmente é isso que te determina
A clareza vem quando passa o medo
Por isso os gênios enlouquecem muito cedo
A clareza vem trazendo o poder de
Ver tudo através do seu espelho
Tudo muda com o poder, você
Poder ir, você pode ter
Todos vão te ouvir e também te querer
E outros vão tramar pra poder te fuder
Mas querer não é poder só se for com o amor
Por isso o poder é transformador
Trazendo a água que rega a flor
Não vem jogar sua merda no meu ventilador
Propósito inflexível, espírito inabalável
Instinto incompreensivo
Caráter inquestionável
Os milagres acontecem a margem do impossível
Como a água fura pedra
Mas também é maleável
Como vento invisível, com força incomparável
Como fogo inflamável em volta do combustível
É fácil ser temível, difícil é ser amável
Eu vi o esforço dos mano
Pra fazer o sonho possível
Não cuspam no prato dos outros
Crescer assim é bem mais difícil
Como Beethoven era surdo e
Fazia grandes sinfonias
Como Dalí era louco e
Pintava grandes obras primas
Se eu for falar mal de alguém
Eu falo mal dos políticos
Do sistema escolar
Hospitalar que continua em estado crítico
Cê não viu como acabou Tupac?
Cês tão querendo ser Notorious
Os gangster de internet viram
Rato de laboratório

Piedade meu senhor
Eles não sabem o que fazem
Piedade meu senhor
Eles não sabem o que fazem
Piedade meu senhor
Eles não sabem o que fazem
Piedade meu senhor
Eles não sabem o que fazem
Piedade meu senhor
Eles não sabem o que fazem

Exu abre caminho, cê fala que ele é vilão
Heróis morrem de overdose enquanto eu
Respirar, fila da puta, vou ser vilão
Faz de MCs divindades, tenho
Dívidas pra pagar, foda-se sua vaidade
Foda-se seu backstage, foda-se sua vaidade
Riram do meu sotaque
Sulicídio não foi um ataque
Foi um foda-se ao público
Esses moleques não são de verdade
Porra, não são de verdade
Amam MC's e não o hip hop
Você ama o rap? Prove!
Em 1999 a Lauryn Hill já
Pensava em mim cantando 99999
Que meu verso te toque de alguma maneira
Mas filha da puta, você jamais me toque
Foque antes que isso te sufoque
Dê a Cesar ao que é de Cesar
Seja o dano, mate Cesar
Comemore no passo romano
Meus irmãos transam com a guerra
E ela tá enjoando, favela tá menstruando
E eu cansando, enjoado de dar gole ao santo
Eu sou o meu próprio santo
Então esse é o meu gole
Engulo o álcool e o álcool me engole
Me dê ouvido ou me dê outro gole
O rap me faz e faço rap
Até que ele me degole, ou me dê outro gole
Rap, eu não sou seu inimigo
Hoje em dia fã boys se masturbariam no
XVideos assistindo o crucificar de um Cristo
Eu sou Bahia, preto, sou Salvador
Mas não sou o seu cristo
O rap eu sou preto, sou Salvador
HA! Mas não sou seu cristo

Antes de vomitar sobre a voz, enguia menino
Peça bênção aos nordestinos que são
Seus pais e avós
Antes de arrotar sobre algoz
Engula esse hino
A regência dos clandestinos nas
Capitais em arrebóis
Pontos vitais do cafundós dos Capibaribe
Os meus cristais vem dos
Lençóis lá de Beberibe
Quem garante que o rap e sua
Foz veio de seus canais
Se nos sertões lá atrás
Desaguavam Jamaica e Caribe
Contesto o contexto de outrora, arre égua
Remexo o eixo, o desfecho, o texto devoro
Se trégua põe a vida em linhas? Minha
Oratória aqui quebra a regra
Submeto tua glória e ponho toda
Tua historia em uma légua Como uma esfera do
Ventre da velha escola
Tou entre o agora e a artéria
Do sempre que ela incorpora
O que vem de fora é foda pra gente
É moda presente
Mas antes já existia o repente
A prosa e a viola
Agora aqui promovem a ignorância dos nossos
Dizendo que a seca, a
Miséria são apenas mazelas
Fatores históricos
Envolvem intolerância e destroços, descaso
Incita a quimera
Incinera a matéria e os rumores folclóricos
Ergui teu concreto e vivi no abstrato
Ergui o teu teto e o teu ar
De distrato que em mim desconta
Perdi filho e neto no meu chão de mato
Perdi todo afeto vivendo o mal trato
Não há nada que pague sua conta
Sou pássaro, entre semáforos
Mais rápido que ascensão dos Bárbaros
E os declives de Cunha rasgando a diáspora
Conteúdo mais áspero que os sertões e
Os áridos de Euclides da Cunha
Se lembra daquela conversas
Te disse que a inércia só pegaria
Peças inversas para os bons desempenhos
Atravesso travessas, sou o
Pagador de promessa
Já paguei todas elas e até hoje ainda
Pago pelos dons que eu tenho
Por vim de onde venho e ter
A cabeça chata, é muita inteligência
A mente pequena parte e se achata
Me deixam de bucho vazio, venço o
Desafio, minha escrita é farta
Alimento a alma e nada me falta
Nada me empata
Sou fera nativa no vão da maré
E tenho a pata ativa no chão da Assaré
Tua rima vem da cidade em construção
Não tenho estudo, nem arte
Minha rima faz parte das obras da criação
Seria muita prepotência dizer que
Eu represento o Nordeste
A causa é bem maior, que o CEP que o RAP
Sou apenas adubo dos corpos celestes
Que a terra aqui veste
O calor me fizeste como agreste dos mestres
Se o Brasil é arvore que exponha sua matriz
Nordeste quebra o mármore pois
Sempre foi sua raiz
Negar isso é burrice, tolice de todo um país
Sem "disse me disse" pois depois
Disso não tem mais diss

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