Subsolo - Ensaio Sobre A Cegueira letra (lyrics)

[Subsolo - Ensaio Sobre A Cegueira letra lyrics]

- Mas e se eu precisar do olho
Como vou abrir e fazer com que me ajude?
- Não será necessário! O olho saberá
De sua necessidade antes de você

Eu tô no escuro
E o pior é que eu não quero ver
A noite continua em mim mermo se o sol nascer
Eu aprendi a ter disciplina pra viver
Sem me humilhar, sem questionar e sem crescer
Eu ando estranho
Mas estranho ninguém vai notar
Eu tento dichavar meu olhar pra não delatar
A fé promete me salvar depois me calar
Nisso um abraço vem me distrair
Depois me cobrar vem me destruir e se eu
Marcar quer me ver chorar
Viu algum caminho pra voltar? Eu disse: Não!
A vida segue mermo assim sem direção
Eu danço com o diabo sempre na intuição
Mais perdido do que cego em tiroteio


Meus 20 anos tão no fim e ainda tô no meio
Meu currículo tá cheio de mentira
Eu fiz de tudo
Enquanto rola um Marvin Gaye o
Quarto é meu escudo eu vivo a vida na paz de
Quem tá em cima do muro
Eu quero um grito de alforria
Mas só vem sussurro

Dentro em pouco você abrirá os olhos

Os olhos verdes não valem nada sem visão
Os olhos negros refletem as fases que virão
Olhos azuis procuram mas não encontram luz
Os olhos de nada valem
Quando a cegueira conduz

Minha vida numa base
Sentimentos vão ao vento
Meu coração tá congelado ao relento
Eu continuo com o pensamento a mil
Até o momento do tumulto
Eu vejo um vulto e fico sem entender nada
Vendo tudo nesse mundo que ninguém vê nada
A sensação é de luz apagada
Minha visão se distorce
E mesmo que eu me esforce
Eu não consigo me mover pra ajudar
Alguém que no chão se contorce
Invisível entre a multidão
Não sinto meus pés
Tentei contar os passos não cheguei ao dez
(Mundo de infiéis)
Ouço vindo das calçadas junto
À risadas insanas
Sussurros, infâmias das damas da noite
O dia agora é noite
E minhas pupilas dilatadas não
Suportam mais açoite

Visão além do alcance

Os olhos verdes não valem nada sem visão
Os olhos negros refletem as fases que virão
Olhos azuis procuram mas não encontram luz
Os olhos de nada valem
Quando a cegueira conduz

Em plena luz do dia não
Enxergam um palmo de realidade
Não se apoiam na bengala da verdade
Pra atravessar as ruas da amargura da cidade
Visão se ofusca com brilho de
Ofertas de novidades em vitrines
Pontos de vista sofrem miopia
Então o terceiro olho precisa de terapia
Pra todo mundo tá embaçado
No meio da fumaça do fogo cruzado
Tentando achar o plano traçado
A ótica caótica deixa tudo fora de foco
Mas a mente fica mais clara
Quando as lentes eu troco
E vejo a imagem da sorte no
Mundo que parece um velho-oeste
Sigo procurando um novo norte
Tendo a justiça como guia
Pois ela enxerga no escuro
E mostra que o futuro não é tão obscuro
Quando o sorriso do meu
Filho acalma minha rotina
E o céu aberto infiltra em minha retina, mas

Os olhos verdes não valem nada sem visão
Os olhos negros refletem as fases que virão
Olhos azuis procuram mas não encontram luz
Os olhos de nada valem
Quando a cegueira conduz
Os olhos verdes não valem nada sem visão
Os olhos negros refletem as fases que virão
Olhos azuis procuram mas não encontram luz
Os olhos de nada valem
Quando a cegueira conduz

Qualquer cego enxerga que os
Problemas são outros

Interpretação para


Adicionar interpretação

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z #
Interpretar