Vinicius Terra, Mundo Segundo, Amália Rodrigues, Allen Halloween - Versos que atravessam o Atlântico letra (lyrics)
[Vinicius Terra, Mundo Segundo, Amália Rodrigues, Allen Halloween - Versos que atravessam o Atlântico letra lyrics]
Versos que atravessam o Atlântico
Entoados em cântico
Sentimentos à frente de um peito romântico
Ontem navegavam caravelas sob o ar
Hoje flutuam aviões pesados sobre o mar
Passaram séculos, pessoas e credos
Sentimentos injustos ou mesmo incrédulos
Ações convertidas ao incerto
Porque sempre é adiante
No princípio é o verbo
Flores, guerras, pensamento não encerra
Arte é semente que germina sobre a terra
Terras distantes, pessoas distantes
Todas unidas na prateleira dessa estante
Trovadores, repentistas, partideiros
Versadores
Palavra recitada por amores, dissabores
Europeus, asiáticos, africanos
Sul-Americanos
Uma língua em comum que uniu seres humanos
Pra lusofonia nasce um novo dia
Os povos acordaram na mesma sintonia
Língua, sonho, rap, rua
O ritmo saiu de uma cabeça como a tua
Pra lusofonia nasce um novo dia
Os povos acordaram na mesma sintonia
Língua, sonho, rap, rua
O ritmo saiu de uma cabeça como a tua
Nascido no maior gueto do mundo
No continente áfricano
Comprei um passaporte para o
Outro lado do oceano
Com os trocos que eu ganhei, mano
Deixei tudo para trás
Atrás do sonho lusitano
Construi e limpei as moradias da Tuga
Com força e empenho de quem nunca teve uma
Eles enganaram-me, ou errei, é minha culpa
É a vida dos nossos pais numa história curta
Mas nem tudo que ficou, ficou pra trás
Nasceram novas Áfricas em mil lugares
Nasceram novos mundos, nasceram novos mares
E os homens todos juntos procuram a paz
Mas antes da paz vem a justiça
Vem uma mesa redonda cheia de comida
Onde os filhos dos escravos e dos
Donos se sentem em harmonia
Comem e bebem em alegria
Até nascer um novo dia
Pra lusofonia nasce um novo dia
Os povos acordaram na mesma sintonia
Língua, sonho, rap, rua
O ritmo saiu de uma cabeça como a tua
Pra lusofonia nasce um novo dia
Os povos acordaram na mesma sintonia
Língua, sonho, rap, rua
O ritmo saiu de uma cabeça como a tua
Sementes planto no campo semântico
Sente o trânsito Atlântico
É mais um canto transatlântico
Enquanto o coração transplanto para
Esta folha em branco
Formo um bando de versos
Forjados em lume brando
No entanto, educamos manos
Formamos guerreiros
Somos homens de palavra, na jornada pioneiros
Eu vim do Rio Douro até ao Rio de Janeiro
E no fim, do Galeão até Francisco Sá Carneiro
Vi a Lusofonia nesta arte que me guia
E não derrubei a barreira
A fronteira não existia
A minha bandeira é musical
A nossa língua universal
A maior arma é a vocal, infinito manancial
Tempestade mental, torrencial gramatical
Somos construtores de pontes entre
O Brasil e Portugal
Sente o gelo que derrete nesta terra do rap
Encurtamos as distâncias tal e
Qual a internet
Pra lusofonia nasce um novo dia
Os povos acordaram na mesma sintonia
Língua, sonho, rap, rua
O ritmo saiu de uma cabeça como a tua
Pra lusofonia nasce um novo dia
Os povos acordaram na mesma sintonia
Língua, sonho, rap, rua
O ritmo saiu de uma cabeça como a tua
Ye, um dia mano, um novo dia nega
Um dia que se torna em milhares de dias
You know? Ya
Correria Portugal, Brasil, Angola
Moçambique, Guiné-Bissau, Timor Leste
São Tomé e Príncipe, Cabo Verde
Goa e Macau também
Terra do Rap 2013, é a conexão, é a ponte
Vinicius Terra, Allen Hallowen
O Mundo Segundo, 2F-UFlow dos beats