WARLLOCK, Rodrigo Zin, Arma Xiss - Covil letra (lyrics)

[WARLLOCK, Rodrigo Zin, Arma Xiss - Covil letra lyrics]

Violência é coisa de branco rico
Enquanto isso no banco fico
Vendo o vizinho morrendo
A família sofrendo e o meu povo pagando mico

Mano, eu nasci num maldito circo
Onde todo leão é domado
E como aberração é tratado
Jogado na vala por mais de um suíno
Som de tiro por aqui é hino
Nego é adulto já desde menino
Fuzil é brinquedo que mete medo
No filho da puta que ousa encarar

E quem vem comprar
Chega tremendo tentando entender
O que acontece, quando ele sai
Com o cu cheio de droga
Pro apartamento e desaparece

Até parece um universo
Alternativo do da notícia
Pra cada herdeiro que mata os pais
Dez pretos morrem na mão da polícia

É grande a malícia
Lá no baile funk com a pati
Chapando à luz da lua
Mas se me encontra usando Juliet
Atravessa logo pro outro lado da rua

Comigo atua diz pra esquecer tudo isso e
Deixar a diferença de lado
Só que na balada não beija, porque não almeja
Índio que não seja pelado

Não é engraçado o que se passa
A fumaça que tu inala, pra mim é pouco
A realidade da minha quebra é o suficiente
Pra me deixar louco a gente passa sufoco
E sorri com o pastor roubando a cada oração
É de coração o que falo, onde passo tem
Cadáver de decoração

Dispenso o Tinder
Porque a PM tá sempre passando
A mão no meu saco
Não fazem programa, mas me dão um cheiro
E o dinheiro no fim sou eu sempre quem pago

Eu já fiz coisas que você não faz
Eu já vi coisas que você nunca viu
A minha casa ainda não conhece paz
Sou nascido e criado no covil

E eles são chatos
Por isso gostam tanto do meu saco
Vi que vocês postam enquanto eu cago
Pra opinião de quem não sabe do que fala

Meu trago faz da sala sauna
Fumaça num cômodo hoje é liberdade
Da fauna pra flora e agora quer calma, fi?
Cê não é exclusividade
Cês são câncer de toda a cidade
Faz a mocidade não ser mais alegre
Robô do sistema, frequente no tema
E é só um sintoma, tipo febre

Tipo lebre nóis corre quando vê viatura
Acha que é vitimismo mas não leva dura

Abaixa que o cinismo, meu ninguém atura
Um salve pros mano no corre atrás de mistura

Se falaram tudo sobre
Saiba que é tudo o dobro
É como um cubo mágico na mão de um ogro

Presente, passado e futuro trágico
Um furo e é lógico pM sádico produz
Atestado de óbito

A lista de pretos mortos
É maior que um obeso mórbido
Mas liguei pro Da Vinci e pedi os código

Pra poder mostrar o sangue
Que o IBGE esconde governo é nosso sistema
Imunológico

Logo o Brasil tem HIV portugal veio no pelo
Quando decidiu foder porque

Eu já fiz coisas que você não faz
Eu já vi coisas que você nunca viu
A minha casa ainda não conhece paz
Sou nascido e criado no covil

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