Kayuá, Onni AlmaVersada - Reticências (Interlúdio) letra (lyrics)
[Kayuá, Onni AlmaVersada - Reticências Interlúdio letra lyrics]
Nem tudo são flores
Mas num belo dia veja quem
Brotou no meu jardim
Num sei se pela força do
Vento ou força de vontade
A natureza tem essa mania de fazer
Que cada momento repetido seja único
Eu? Só registrei
Quem sou eu pra mudar tais ciclos?
Se bem que se eu não entregar minha
Água, pode calhar da chuva não cair
Né chapa a gente sempre encontra um jeito
De acelerar os processos, sabe?
Tipo, deixar o clima mais
Quente, poucas roupas, corpos molhados
Palavras? Só as necessárias
A língua tem mil e uma
Utilidades pra quem sabe usar
E quando se juntam
Elas dançam ao som do caos
Divino e profano poético e obsceno
Por que não? Confesso que um tanto profético
Rebobina a fita
Brotou no meu jardim, floresceu
Até que colhemos frutos
Vivemos, corremos, morremos juntos
Quase que nem aquele som do Belchior
Seus olhos tem cor de vinho
Seu olhar me embriaga
O tom da sua voz me fez lembrar que
Se eu não colher no tempo certo
O fruto apodrece dito e feito
São tantas nuvens que eu já
Nem vejo o nosso sol me tornei frio
Aliás, reinventamos a frieza
Isso que dá dançar ao som
Do caos sem moderação nenhuma
As vezes a saudade decide fazer um solo
E aí, meu bem, lágrimas também regam
Quem sabe a gente faça valer a pena?
Valer o voo, valer a asa, valer o céu
Quem sabe a gente se
Encontra na próxima estação?
Mas, pô cê disse que nem tudo são flores, né
Ela tinha ido embora dizendo que
Nem tudo são flores
Mas um belo dia veja quem
Brotou no meu jardim
Num sei se pela força do
Vento ou força de vontade
A natureza tem essa mania de fazer com
Que cada momento repetido seja único