Séthique - T.A.C. letra (lyrics)

[Séthique - T.A.C. letra lyrics]

Cruzei o quarto até à ponta
Andei cem metros pela sala
Ninguém me cala, a minha sola não se gasta
Sozinho em casa, reserva de Malaca
A minha inspiração não tava, eu tava fora
Bora não me tranco novelas
Fora d'horas, sei quem espreita da janela
Nada eu sei que não se passa nada
Desço a rua do népia
Não passa um carro na estrada
Procuro a minha malta
Sei aquilo que faz falta
Encontrar a calma da alma na minha palma
Gente que não me interessa
Nem vai haver conversa
Evito o que me stressa
Hiperativo de nascença
Yeah observo o tempo pelas sombras
Não há refeição mas a barriga não ressona
Enquanto a minha noite cai
Fiz um labirinto no cais


Perguntam-me p'ra onde vais
Já querem saber demais
Yo dos anos de oitenta parte um desejo
Pensar do meu lugar como sonhar a vida toda
Minha cabeça em paz até eu
Sentir que tou sozinho
Lugar marcado p'á minha mãe num paraíso
Terra de gente artista
Orgulho de ser autista
Notícia até sem guita quando
A cena se complica fia-te não faço nada
Vou-te contar um segredo
Tantas rezas, o que esperas é capricho
Difícil não te quebra como o
Fútil que te compra
Fácil é ser nobel e essa gaja dá-te a volta
Aquilo que parecia fácil
Agora não faz sentido
O mesmo problema p'ra tantos indivíduose
Agarrei firme são flashes que me definem
Vidas incríveis vividas em outros sítios
Acredita na química p'ra se
Resolver a fórmula verdade não chega
Falta sempre qualquer coisa
Acerto as contas com dois minutos de utopia
P'rós assuntos de máfia
Eu tenho primos na Sicília
Dispensei o crisma para o risco de imprevisto
Tá provado que o bongo é
P'a esqueceres o vício
Se não me evitas, sou magnata em zona fresca
Mil e um dias a fazer estágio
P'ra ficar tudo na mesma
Brinco com o sucesso, faço de propósito
Perdi-me num espaço que nunca
Sei como se volta
Ouvindo zumbidos de vir chupar na minha deixa
Gente que fuma até fazer drift em borracha
Recado dotado do fado que conta a história
Passado ao contrário
A feira negra p'ra esses porcos
Sem ser visto, desperdício que se passa
Ressacas de prazer e sem amor na minha cama
Brio de assassino, à deriva como um vírus
Antes dos trinta fiz um livro
Volto à minha página
A minha página dá voltas
Risquei cinco do bloco
Vou-me dedicar à batota
Subir a fasquia, apostei tudo na minha sorte
Minha vida tá benzida pela minha bisavó
Sinto-me cinzento
Não sei o que tenho por dentro
Milhares de pensamentos
Dentro e fora do tempo
Depende do que pensas ou que pensas que penso
Penso demasiado intenso para o
Senso deste movimento
Não me vendo, tenho a dica que ofende
Direto com toda a gente
Há sempre quem não se lembre
Uma beca mais à frente como
Se fosse um vidente
E o que o que tu pensares amanhã
Já tinha dito há mais de dois meses
Todos dias penso verde, habitante de Vénus
Comunico, é mensagem, tou a falar p'a vocês
Vi de tudo neste mundo e
Nem pergunto o porquê
A minha metade é a tua mentalidade
Nem é um quarto daquilo que vou ser

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