Deck-Arte - 1675 Pontinha letra (lyrics)

[Deck-Arte - 1675 Pontinha letra lyrics]

1675 Pontinha, é aqui o meu condomínio
Onde acordo com a vizinha a
Gritar que comete suicídio
Vidas desequilibradas nesta pseudo-favela
Cá nem há quengas de sentinela
Com medo da clientela
Ilusionistas da área metem
O dinheiro esticado
Visto que não têm dinheiro para o mês
Têm é mês a mais para o ordenado
Isto só não é o sítio
Onde Judas perdeu as botas
Porque se dissessem isso
Alguém tinha ganho umas novas
É em primárias que putos trocam
A xuxa pelo charro
Fazendo-me acreditar que a Chicco
Agora fabrica tabaco
Pensam quе enrolam os pais a
Enrolar ganza às escondidas
Mas como ninguém еnrola a droga


A ganza é que enrola as suas vidas
Zona tão evoluída, faz reciclagem todo o dia
Classes mais pobres vão ao lixo
Para mobilarem as suas moradias
Já a lixeira humana não morre
Essa fica cá toda
Como o céu tem fama de ser perfeito
Deus só lá quer gente boa
Raças confundem daltónicos e o
Racismo não melhora
Engravidar aos 15 não é grave
Se nascer negro é que piora
Filhos de crânios opacos metem
Os pais em brasa e quanto às filhas
É na maternidade já terem o cartão da casa
Pedem ao Pai, Filho
Espírito Santo para haver abortos naturais
Mas o Espírito Santo não dá Filho
Por isso imagina quem é o Pai
Este é o filme que é a Pontinha
Sem haver tempo para intervalo
Como vês, 1675 não é apenas o código postal

Mais de 1000 desempregados e 600 vadios
Em que 70 trabalham só para 5 serem ricos
1675, é aqui onde eu resido
No entanto não fumo charros
Não roubo carros e nem sequer tenho brinco
Com 1000 gamados ficam 600 felizes
Depois 70 são apanhados e 5 viram pedintes
1675, é aqui onde vivo
Se achas que está na moda este sítio
Não me importo de trocar contigo

1675 Pontinha, é aqui o meu condomínio
Onde acordo com o vizinho a ser
Preso por culpa de homicídio
Eles dizem "Põe no canto do prato
A parte má da comida"
Mas como a sociedade não tem
Cantos puseram numa "Pontinha"
Cidade de Deus, versão Filipe La Féria
Com actores menores de idade até
Onde o tribunal tolera
Temos polícias bacanos que
Até têm calendários até eles fazerem 18 anos
Vão contando aniversários
À nossa gente não os podem
Acusar que não passam cartão
Aliás, se tiveres telemóvel é só com
Isso que ficas na mão
Rusgas policiais são consideradas ousadias
Eles não têm cadastros, têm biografias
É raro o mano que por aqui
Não tem uma culpa a esconder
Para o mais surdo basta a
Sirene duma ambulância para correr
Não precisamos da Unicef para mantermos elos
Desde da primária que as nossas
Mães preparam sandes para eles
Nem se trata de ser ladrão
Não é o crime que os atrai
Mas todos nós já sonhámos em
Ter a profissão do pai
Pai esse que fez nascer sete a oito irmãos
Que a única imagem que têm dele é
De costas e mala em mão
São bons a Ciências, EV, Matemática e Química
Pois eles plantam, enrolam
Vendem e metem em estado gasoso
Este é o meu bairro, igual ao teu bairro
Aliás isto é o bairro
Igual em todo lado, há um em todo o lado
Em todo o lado

Mais de 1000 desempregados e 600 vadios
Em que 70 trabalham só para 5 serem ricos
1675, é aqui onde eu resido
No entanto não fumo charros
Não roubo carros e nem sequer tenho brinco
Com 1000 gamados ficam 600 felizes
Depois 70 são apanhados e 5 viram pedintes
1675, é aqui onde vivo
Se achas que está na moda este sítio
Não me importo de trocar contigo

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