Eduardo Taddeo - Traidor (Faixa Bônus) letra (lyrics)

[Eduardo Taddeo - Traidor Faixa Bônus letra lyrics]

Se a polícia te mandar pôr a mão na cabeça
Tenta sobreviver alegando que
É favelado de direita
Não esquenta se for abatido pela origem pobre
Vão escrever:  "Mi, mi, mi do caralho
Erros ocorrem" surpresa total da
Ideologia do estado militarizado
Não te deixa imune ao preconceito enraizado
Não é porque você aplaude a
Operação com 11 mortos
Que isso te faz rico, europeu nórdico
Discurso de ódio não te
Fará aceito pelos bacanas
Você é a réplica dos manos de
Calça caqui e camisa branca
Que chegam no fórum de chinelo, algemados
Seus braços entrelaçados nos outros
Olhando pra baixo
Não acredita? Vai fazer um rolê nos Jardins
Pra ver se não acaba tendo
Que comparecer no Decrim


Abastardo não é contra o socialismo
Comunismo só quer 1000 escravos na
Sua fábrica produzindo
Só te quer de idiota útil pedindo lei severa
Contra a sua própria classe, sua etnia
Sua favela
Só quer que continue sendo habitual
Nosso nome no departamento
De inquérito policial
Mas tendo que andar com cartão de advogado
"Alô Doutor, flagrante armado
Dá meu Renault pro delegado"
Quando a política de encarceramento
Te transformar em preso
Não esquece de fazer arminha com o dedo

O sangue que derramam na rua é igual o seu
O retrato falado dos procurados é o seu
Pode ser o fantoche plagiando o
Ódio da classe dominante
Mas nunca vai sentar na mesa da casa grande
O sangue que derramam na rua é igual o seu
O retrato falado dos procurados é o seu
Pode ser o fantoche plagiando o
Ódio da classe dominante
Mas nunca vai sentar na mesa da casa grande

A direita te deixou tão idiotizado
A ponto de ser devoto
Fervoroso do "Borba Gato"
A ponto de fazer coro com os depravados
Que homenageia a Princesa Isabel
Na câmara dos deputados
É seu irmão de calvário que tá no hospital
Baleado no aparelho sem atividade cerebral
É sua mãe que em breve vai pedir indenização
Quando só restar de você no ar
Sua voz a última gravação
E nesse dia, espera um boy cuzão
Protestando a seu favor com
A camisa da seleção
Odeia a facção sem ver que
O sistema dá a missão
Da tesouraria, da mega loja
Do material de construção
É ele que faz mano fechar
A rua com carro queimado
Dar fuga em baixo de tiros pelos telhados
A intolerância contra LGBT
Nordestino e negro
É um crime hediondo contra você mesmo
Quando pede ditadura, pena de morte no Brasil
Ta amarrando C4 no peito e acendendo pavil
Muito pior do que um playboy genocida
É pobre pai tomai se
Apropriando da estupidez nazista
Apoiando verme que mete mãe 180
Ciente que é do filho a
Bandit Cabrito na residência
Quantos de nós precisam ter etiqueta no dedão
Pra ver que tem afeição padrão
Das vítimas da aniquilação

O sangue que derramam na rua é igual o seu
O retrato falado dos procurados é o seu
Pode ser o fantoche plagiando o
Ódio da classe dominante
Mas nunca vai sentar na mesa da casa grande
O sangue que derramam na rua é igual o seu
O retrato falado dos procurados é o seu
Pode ser o fantoche plagiando o
Ódio da classe dominante
Mas nunca vai sentar na mesa da casa grande

Adotou a falha e os valores das famílias
Que tem terras roubadas
De quilombolas indígenas por isso
Acha que preso tem que tar em cubículo
Sem direito a LEP, apoio jurídico
Seu governo que da o cu pra Americano
É o mesmo que escraviza boliviano, haitiano
É o mesmo que vendeu
A falsa fórmula pacifista
Que diz que é só impedir a visita íntima
O judiciário que você ama tem tanta escória
Que quem entende perde a linha
Na audiência de custódia
Juíz vai tomar no cu, MP vai se fuder
Que moral vocês tem pra me acusar
Me prender? Seu ponto de vista fundamentado
No Brasil Urgente
Aprendeu a criminalizar o mais carente
Porém, não somos nós os filmados
Jogando no córrego o adolescente baleado
Por causa de lacaios como você
Que renega a favela
Que crianças são expostas no programa
Do som na passarela
Como escravos no porto, são desumanizadas
Desfilam em shoppings na ilusão
De serem adotadas
Se fosse você, tendo que implorar todo dia
Oportunidade pra vender cocaína
Não ia pôr camisa de torturador, com certeza
Nem cagar pela boca dizendo que
O nazismo é de esquerda

O sangue que derramam na rua é igual o seu
O retrato falado dos procurados é o seu
Pode ser o fantoche plagiando o
Ódio da classe dominante
Mas nunca vai sentar na mesa da casa grande
O sangue que derramam na rua é igual o seu
O retrato falado dos procurados é o seu
Pode ser o fantoche plagiando o
Ódio da classe dominante
Mas nunca vai sentar na mesa da casa grande

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