Eduardo Taddeo - Por Trás do Cartão Postal letra (lyrics)
[Eduardo Taddeo - Por Trás do Cartão Postal letra lyrics]
Ganha tour pela mortandade maior
Que de El Salvador
As férias com buggy, bonde, praia de nudismo
Incluem 24 milhões próximos do canibalismo
Com motivos pra fazer o
Air France sofrer atraso
Com ameaça de bomba, aeroporto evacuado
Se o hotel não for invadido
O clima amistoso é apresentado
No musical Rei Leão
Por um Le misérable trepado
Tapete vermelho do país dos campos camuflados
De extermínio, refugiados, trabalhos escravos
Com 96% matriculados aprendendo português
Pra escrever opressão com lençóis no xadrez
No Vietnã sul-Americano o
Massacre é institucionalizado
Por isso delegado faz busca
Atrás de sequestrado
Tenta achar entre as arcadas
De rival da facção
Micro-vestígios do colega de profissão
O indicador financeiro forjado não apaga
Que a nova classe média definha em senzalas
10º Que a infantaria mirim do Congo, Libéria
Não supera os meninos com AK
Nas 16 mil favelas
Por trás do cartão tem a viatura incendiada
Porque a tropa posiciona preso e
Dá tiro de borracha
Por trás do cartão tem o site de pornografia
Que expõem criança num sex
Shop como mercadoria
Na pátria de chuteira
Crânio é bola em presídio
As garotas de Ipanema ganham
A vida se prostituindo
A alegria carnavalesca não contagia barraco
E a bossa nova perde pros
Salmos que embalam caixões doado
Na pátria de chuteira
Crânio é bola em presídio
As garotas de Ipanema ganham
A vida se prostituindo
A alegria carnavalesca não contagia barraco
E a bossa nova perde pros
Salmos que embalam caixões doado
Desembarcar no paraíso é voltar no passado
Quando seres humanos eram
Comprados em classificados
Quando máscaras de tortura deformavam rostos
E o conceito "liberdade
Justiça e fraternidade" era esboço
Sem salvamento da Otan ou força aliada
Seguimos em trincheiras como a
Nação mais arrasada
Repleta de arrependido por não
Ter feito dinheiro
Trazendo chá e coca de Pedro Juan Caballero
Tivesse sido ousado e me capitalizado
Não faria plantão no mercado
Pelo alimento estragado
Não aparece no reclame do
Ministério do Turismo
A ciência que clona físicos subdesenvolvidos
Nem a técnica policial de graxa
E areia na bala
Pra ranhura na balística apontar outra arma
A viagem é pelo circuito onde somos filmados
Zerando a conta corporativa do empresário
Onde a despolitização faz a meta do gabinete
Virar Silk da civil, perfeito no colete
Ferramenta pra dar blitz nas loja às nove
Horário em que a TransVip faz o recolhe
Por trás do cartão, meu 155 é encarceramento
Já o boy que mata o pai
Sai livre depois do julgamento
Por trás do cartão com bunda e fio dental
A mãe visita três filhos no sistema prisional
Na pátria de chuteira
Crânio é bola em presídio
As garotas de Ipanema ganham
A vida se prostituindo
A alegria carnavalesca não contagia barraco
E a bossa nova perde pros
Salmos que embalam caixões doado
Na pátria de chuteira
Crânio é bola em presídio
As garotas de Ipanema ganham
A vida se prostituindo
A alegria carnavalesca não contagia barraco
E a bossa nova perde pros
Salmos que embalam caixões doado
Sou da ala contra copa e olimpíada
Que crê que verba de estádio
Devia ser investida em vida
Pra nunca mais de um de nós
Ter que cobrir o rosto ou responder "senhor
Comprei a arma na feira do rolo"
O turista vai se divertir vendo
As blitz nas vans que levam mães e esposas
Pra presídios de manhã
Tenente adora revirar jumbo
Escarrar na macarronada
Quebrar Tupperware, deixar sacola rasgada
Tradição centenária exclusiva do antro
Onde homofóbico preside Comissão
De Direitos Humanos
O gringo vai conhecer o povo no fogo cruzado
Que mesmo em saco pra cadáver
Não sabe que é dizimado
Reocupados com gírias, com ouro do pingente
Vamos cedendo DNA pra genética forense
Reforçando a frase no repite
Do submundo podre
"Fulano vivo teria tantos anos hoje"
Da hora seria os mano voltando da saidinha
Falando que o ganho não é pra bebida
212 e farinha "Aí, Edu
Catei 10 mil no estouro do engravatado
9 conto vai pra casa e
1 pra um supletivo acelerado"
Por trás do cartão pessoas
Com ossatura a mostra
Moram em baixo de lonas, sacos
Sobras de obra
Por trás do cartão os Mauricio
De Souza usam o talento
Deixando carro no estacionamento pra ver
Se não tem rastreamento
Na pátria de chuteira
Crânio é bola em presídio
As garotas de Ipanema ganham
A vida se prostituindo
A alegria carnavalesca não contagia barraco
E a bossa nova perde pros
Salmos que embalam caixões doado
Na pátria de chuteira
Crânio é bola em presídio
As garotas de Ipanema ganham
A vida se prostituindo
A alegria carnavalesca não contagia barraco
E a bossa nova perde pros
Salmos que embalam caixões doado