M. - Quadro Familiar letra (lyrics)

[M. - Quadro Familiar letra lyrics]

Não me enquadro no quadro familiar

Não me enquadro no quadro familiar
Aguardo paciente um lugar para sentar
Guardo memórias, divago em histórias
Amargo é o sabor que me dão a provar

Olho p'ra moldura, à minha procura
A tentar encontrar o que nunca teve lá
Sempre tive cá
Na Neverland a curtir c'o Peter Pan
Talvez amanhã seja mais parecido
Com a minha irmã mas hoje já não dá
Tenho andado ocupado
Ser eu mesmo dá trabalho
E se falho dou o tralho
E p'ra me amparar não tenho ninguém lá

Talvez seja o meu defeito de ser imperfeito
De ser o sujeito que foge ao conceito
Nunca tive jeito p'ra fingir um efeito
Que não venha do peito
Onde é que eu me deito?

Se levanto questões que não lembra a ninguém
Tenho duas opções ser eu mesmo ou alguém
Que querem que seja mas onde quer que esteja
Tenho de ser eu e mais ninguém

Não posso fugir, só existir
Com tudo isso que implica para quem me ama
Não quero fugir, nem posso extinguir
A chama de tudo que incendeia a alma

Serei egoósta por mostrar-te
Que é preciso a arte p'ra não ficar de parte
Pressiona start a vida é um jogo
E eu jogo desde puto em modo hard

P'ra lá de Marte a tentar mostrar-te
Que a vida é um mártir mas 'tou aqui

Apesar de toda a merda que vives
Somos todos livres ninguém a vive por ti
Não me enquadro no quadro familiar

Dou por mim no fim do monólogo que tenho
Questiono de onde venho será que me empenho?
Em acrescentar algo mais
À pintura dos meus pais
E não passar de um desenho

Como é que faço? Será que tenho espaço
Afinal de contas terei sempre o laço
Entrelaçado no que traço torço pelo melhor
Mas nunca dei a torcer o braço

Passo a passo passo a citar
Tudo que um abraço pode vir a abraçar
Quantas vezes, vi no bagaço
O confidente presente disposto a desabafar

Tenho tanto p'ra falar mas com quem?
Tanta pessoa do meu lado
E na verdade ninguém
Sou um ser isolado e a culpa vendo bem
É apenas minha que digo "Tá tudo bem"

Este é o momento que me atrevo e escrevo
No processo de criação coisas que nao o são
Sou a quarta folha do trevo
Que nunca deu sorte ou admiração

Boy admira o som (são)
Versos sentidos em sentidos sem direção
Cuspidos no meu canto e eu canto
P'ra tentar saber onde é que 'tão

Onde é que eles vão
E como é que eles hão, de fazer
A diferença quando eu só queria ver
Quadro familiar onde possa encaixar
E aparecer sem ter de me esconder

Será este um texto fora de contexto?
Ou um pretexto p'ra te dizer quem sou?
E quem sou eu? Carta fora do baralho
Num jogo viciado que ninguém jogou
Não me enquadro no quadro familiar

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